Na versão 91 do navegador Firefox, lançada no dia 10 de agosto, a Mozilla revelou a opção de definição do software como o aplicativo padrão de internet do Windows 10 através de apenas um clique. Até então, este atalho estava disponível apenas para o Microsoft Edge e usuários precisavam indicar outros programas neste parâmetro através do menu de configurações do sistema operacional (SO).
"Todos os SOs deveriam oferecer suporte oficial dos desenvolvedores ao estado "padrão" para que usuários possam definir facilmente os aplicativos nesta norma. Já que isso não aconteceu no Windows 10 e 11, o Firefox depende de outros aspectos no ambiente do SO para oferecer uma experiência similar ao que o Windows cria com o Edge", informou um representante da empresa ao The Verge.
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A iniciativa foi possível através de um processo de engenharia reversa no recurso do Edge e é realizada na janela do Firefox. A atualização, na verdade, burla o mecanismo do Windows 10 que impede malwares de definirem os aplicativos padrões do computador. Também em um comunicado ao The Verge, a Microsoft explicou que o SO normalmente não tem suporte para esta ferramenta; confira o novo atalho em ação abaixo.
O cliente também pode escolher outros softwares para reprodução de músicas e vídeos, visualização de fotos e até acesso ao e-mailFonte: Reprodução/The Verge
Só vai ficar mais difícil com o Windows 11
Conforme informamos em agosto, o novo sistema operacional deve tornar a vida dos concorrentes do Edge ainda mais complicada. A empresa alterou a forma de definir os aplicativos padrões, e as mudanças devem ser feitas em tipos de arquivos e links individuais, ao contrário da opção única atual.
Portanto, caso o internauta queira usar o Firefox como padrão no Windows 11, por exemplo, ele deverá configurar o navegador para abrir HTM, HTML, PDF, SHTML, SVG, WEBP, XHT, XHTML, FTP, HTTP e HTTPS. Representantes do Opera, Vivaldi e da Mozilla lamentaram a mudança na época.
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