O Google anunciou nesta quinta-feira (24) o adiamento de um polêmico processo da empresa: a iniciativa que vai "acabar" com o modelo tradicional de cookies do navegador Google Chrome por preocupações com a privacidade dos usuários.
As novidades agora serão implementadas de forma gradativa a partir da metade 2023, um ano depois do que era originalmente planejado pela gigante, e com uma janela de três meses até a sua finalização.
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As etapas de discussão, teste e desenvolvimento estão adiantadas. Já os primeiros passos de migração de serviços por parte de anunciantes, além da descontinuação dos cookies de terceiros, só deve mesmo começar no final do ano que vem. Uma linha do tempo mais detalhada deve ser anunciada em breve pela Google.
Pedras no caminho
O principal motivo do adiamento, segundo o próprio Google, é acertar a regulamentação com um órgão fiscalizador britânico, a Competition and Markets Authority (CMA). Isso é importante especialmente para evitar futuras investigações e multas, como a atual investigação em andamento na União Europeia.
O projeto original foi recebido com críticas por concorrentes, como o navegador Brave, que não vê no chamado Federated Learning of Cohorts (FLoC) uma alternativa boa o suficiente para proteger os usuários. Já algumas anunciantes e companhias que cuidam de publicidade online estão preocupadas com o que isso pode representar para a geração de receita.
Segundo o Google, a iniciativa deve aumentar a privacidade durante a navegação sem necessariamente restringir as possibilidades comerciais.
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