A Epic Games entrou em um grande embate judicial contra a Apple no ano passado, o que acabou retirando Fortnite dos iPhones. No entanto, a desenvolvedora de jogos já planejava entrar em conflito com a Maçã desde 2019, segundo documentos apresentados no julgamento da ação envolvendo as companhias.
De acordo com os memorandos, a Epic Games contratou empresas especializadas em marketing em 2019 para trabalhar em uma estratégia contra Apple e Google. A ação era conhecida como "Project Liberty" e visava mostrar as donas de lojas de aplicativos como "malvadas" por cobrarem taxas dos desenvolvedores.
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Fortnite ainda está fora da App Store.Fonte: The Verge
Esta não é a primeira vez que ouvimos falar do "Project Liberty". Em fevereiro, o comandante da Epic Games, Tim Sweeney, também confirmou que estava orquestrando uma ação contra Apple e Google. O executivo disse que a empresa passou meses trabalhando no processo contra as companhias.
Como a treta começou
A ação legal da Epic Games contra a Apple começou após um movimento que ocorreu em agosto do ano passado e já pode ser considerado premeditado. A desenvolvedora colocou um meio de pagamento extra dentro de Fortnite oferecendo vantagens para jogadores que não utilizassem a ferramenta da Maçã, o que vai contra as regras da App Store.
Como esperado, a Apple derrubou Fortnite da loja por violar as diretrizes da plataforma. Poucos minutos depois do ocorrido, a Epic Games anunciou um processo contra a empresa de Cupertino e a Google, que vieram acompanhados de um movimento nas redes sociais.
Chamada de "Free Fortnite", a campanha foi anunciada em um evento dentro do jogo de battle royale e recebeu um vídeo inspirado em uma antiga campanha publicitária da Apple. O objetivo da Epic Games era mobilizar jogadores contra a dona dos iPhones após o banimento do game.
Mudanças na App Store
O processo aberto contra a Apple e Google alega que as lojas de aplicativo cobram altas taxas de uso e não garantem liberdade para os desenvolvedores. Enquanto as companhias ainda estão se enfrentando nos tribunais, a ação já teve benefícios para quem trabalha criando apps.
No ano passado, a Apple cortou a taxa da App Store pela metade para criadores de aplicativos com receita abaixo de US$ 1 milhão por ano. Além disso, a gigante de Cupertino também começou a dizer que a sua loja não é a única forma de distribuição presente no iOS. Segundo a companhia, os desenvolvedores descontentes podem lançar web apps, que funcionam por meio de navegadores e não possuem taxas.
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