Nesta terça-feira (05), a França declarou que a Apple não está colaborando para tornar iPhones compatíveis com o aplicativo de rastreamento StopCovid, lançado pelo governo para combater a pandemia.
Diversos países estão adotando esta estratégia para tentar controlar o número de transmissões, enquanto criam medidas para normalizar gradativamente suas economias. No geral, esses apps mapeiam outros dispositivos próximos através do Bluetooth. Assim, é possível detectar se usuários entraram em contato com portadores da covid-19.
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Contudo, a menos que o usuário esteja executando um app ativamente, o iPhone bloqueia o acesso ao Bluetooth. Diante disto, a França solicitou que a Apple altere esta configuração para permitir o rastreamento da população pelo aplicativo. Segundo as autoridades francesas, a Maçã teria recusado este pedido.
“A Apple poderia ter nos ajudado a fazer o aplicativo funcionar ainda melhor no iPhone. Mas eles não desejavam fazê-lo”, afirmou o ministro da tecnologia digital da França, Cédric O, à BFM Business TV. “Eu lamento essa postura, já que estamos em um período em que todos estão mobilizados para lutar contra a epidemia.”, declarou Cédric.
Assim como outros países, a França pretende manter as informações recolhidas em um banco de dados central, sob a justificativa de que isso facilitaria o rastreamento de casos suspeitos de covid-19 pelas autoridades competentes.
No entanto, Apple e Google querem que essas informações sejam armazenadas nos próprios telefones e, por consequência, fora do alcance do governo. Isso porque, segundo as empresas, a estratégia adotada por esses governos poderia colocar em risco a privacidade e segurança dos usuários.
Em resposta a essa postura, o ministro francês afirmou: “Consideramos que a supervisão do sistema de saúde para o combate ao coronavírus é uma questão para os governos e não necessariamente para as grandes empresas norte-americanas”.
Cédric O ainda disse que, independentemente da posição da Apple, o aplicativo deve ficar pronto em 2 de junho e entrará em fase de testes na semana de 11 de maio, quando o país vai relaxar as medidas de distanciamento social.
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