O aplicativo COVIDSafe, desenvolvido pelo governo australiano para monitorar as transmissões do Coronavírus, foi baixado um milhão de vezes em apenas 5 horas após seu lançamento neste domingo (26). O app identifica outros usuários em um raio de 1,5 metros e registra informações como horário, data e local. Assim, se algum usuário for diagnosticado com covid-19, será possível identificar com quem ele esteve em contato.
O COVIDSafe se conecta pelo Bluetooth apenas com celulares próximos que também possuem o aplicativo. Se um dispositivo permanecer conectado por mais de 15 minutos, o app registra as informações necessárias, além do código de identificação do outro usuário.
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Apesar de alguns australianos terem demonstrado preocupações sobre questões de privacidade, sua aderência foi alta: um em cada 25 pessoas do país possuem o app. Em resposta aos questionamentos da população, o governo disse os dados de localização só podem ser acessados mediante autorização do usuário.
O ministro da saúde da Austrália, Greg Hunt, explicou que os dados coletados “são codificados, criptografados e enviados ao armazenamento de dados nacional”, um servidor do país. Segundo o ministro, acessar estes dados sem autorização é um crime passível de prisão. Ele ainda afirmou que, após a pandemia, qualquer informação registrada pelo app será destruída.
Em uma entrevista ao Australian Broadcasting Corporation nesta segunda-feira (27), Greg Hunt divulgou que o governo irá liberar o código do aplicativo em duas semanas, destacando a importância da segurança e da privacidade.
Servidores sob cuidados da Amazon
Alguns usuários também manifestaram ressalvas com os servidores onde as informações são armazenadas. Apesar de serem operados em Canberra, capital da Austrália, eles estão sob administração da norte-americana Amazon.
Esse fator gerou especulações se a lei dos Estados Unidos teria influência sobre os servidores, dando liberdade ao país para acessar os dados recolhidos. No entanto, o Ministro dos Serviços Governamentais, Robert Stuart, destacou que o governo confia nos serviços da Amazon inclusive em setores de inteligência e afastou a possibilidade.
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