O uso do aplicativo Zoom para a realização de videoconferências entre os funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está proibido a partir desta segunda-feira (6). A atitude foi tomada após o programa ter sido alvo de várias violações de privacidade nos últimos dias, com muitos usuários tendo suas reuniões a distância invadidas e dados roubados.
Em comunicado enviado aos servidores, no último sábado (4), o órgão avisa que as falhas no Zoom facilitam o acesso não autorizado às chamadas de vídeo. Além disso, tais vulnerabilidades podem permitir o roubo do usuário e da senha de acesso, entre outros dados confidenciais.
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Com isso, a Anvisa recomendou aos seus colaboradores a desinstalação imediata do programa, removendo-o de celulares, tablets e computadores, fazendo ainda a alteração das senhas. Em substituição a ele, a entidade sugere a utilização do Microsoft Teams para a realização de videoconferências e reuniões pela internet.
O app funciona em várias plataformas.Fonte: Zoom/Reprodução
Segundo a agência, a medida foi tomada após contatos com especialistas em segurança cibernética de fóruns internacionais, que apontaram falhas graves no Zoom, colocando os usuários do app em risco.
Invasão de privacidade
Com o distanciamento social que tomou conta do planeta nas últimas semanas, para tentar frear a disseminação da doença causada pelo coronavírus, milhões de pessoas escolheram o Zoom como uma das ferramentas para se manter em contato com os colegas de trabalho em home office. Ele suporta até 1 mil pessoas em reuniões online, além de oferecer vários recursos.
Mas tamanha popularidade também acabou chamando a atenção de invasores, que estão explorando vulnerabilidades do app de videoconferência para acessar câmeras e microfones de reuniões alheias. Além das invasões de chamadas de vídeos, há relatos de roubos de dados de login e de informações relacionadas aos assuntos abordados nas ligações.
Por causa disso, muitas pessoas e empresas têm procurado alternativas ao app Zoom, até que essas falhas, já admitidas pelo criador da ferramenta, sejam corrigidas.
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