Em um blog da companhia, a Google anunciou que pretende encerrar o suporte a cookies de terceiros no navegador Chrome dentro de dois anos. A decisão causaria uma das mudanças mais profundas na internet nos últimos anos.
Grandes navegadores, como o Safari e o Firefox, já estão funcionando com recursos parecidos, que visam diminuir o rastreio dos hábitos de uso da internet de seus usuários, visando mais privacidade. Outras opções menos conhecidas também estão fazendo certo sucesso entre os usuários por tratar a privacidade de forma rigorosa.
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Esses navegadores estão longe de ameaçar o domínio do Chrome, que atualmente possui quase 70% do market share, segundo a Statista. No entanto, a decisão da Google parece estar alinhada com uma tendência de mercado: o Edge (da Microsoft) baseado no Chromium também deve bloquear cookies de terceiros por padrão.
O que são os cookies?
Os cookies são arquivos armazenados no navegador, que servem para que os sites “lembrem” que é “você” quem está acessando-o no momento. Dessa forma, eles podem carregar configurações feitas por um usuário, em um determinado PC, ou saber quais páginas você visitou em um portal de notícias, etc.
Entretanto, os cookies também são usados para oferecer anúncios mais personalizados para os usuários, baseando-se em seus dados de navegação. É por isso que você recebe um anúncio de um produto ao entrar em um site qualquer, logo após ter pesquisado por ele.
Aumentar a privacidade sem impactar os anunciantes
A decisão da Google faz parte do projeto Privacy Sanbbox, anunciado em agosto de 2019, por meio do qual a companhia quer ajudar a desenvolver um novo conjunto de padrões de código aberto para a internet, que visa aumentar a privacidade e segurança dos usuários, mas sem impactar negativamente editores e anunciantes.
Por esse motivo, a empresa está anunciando sua decisão com dois anos de antecedência. Esse tempo é necessário para que o ecossistema da internet se reequilibre.
A empresa também acredita que “minar o modelo de negócios de muitos sites suportados por anúncios” pode acabar substituindo os cookies por abordagens mais invasivas, como a biometria.
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