Chega ao mercado a versão 1.0 do Brave Browser, navegador da Brave Software, que deixa disponível para usuários iOS o programa Brave Rewards. O navegador de código aberto, baseado no Chromium, bloqueia propagandas e rastreadores de sites, mas traz o recurso pay-to-surf – ele paga ao usuário para ver anúncios que o próprio browser mostra.
O sistema de recompensas retorna ao usuário 70% da receita resultante de anúncios que a empresa apresenta. Segundo o CEO Brendan Eich disse em entrevista ao site CNET, o objetivo é alcançar “uma internet na qual a publicidade online possa oferecer suporte aos sites, mas não com o compartilhamento de dados pessoais com potências tecnológicas difíceis de combater e empresas não identificadas.”
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Segundo um levantamento da companhia, foram realizadas 475 campanhas publicitárias (inclusive de empresas grandes como Amazon, Intel e Pizza Hut), com a propaganda exibida via notificações do sistema operacional. Em 14% das vezes, os usuários do Brave assistem aos anúncios, em uma nova guia do navegador, por cerca de 12 segundos (em uma comparação, um motorista dirigindo usa três segundos da sua atenção para ver um anúncio em um outdoor).
Base de usuários tem crescimento constante
Para Eich, o grande desafio é convencer as pessoas a usar o navegador – hoje, são apenas 8,7 milhões de usuários (menos de 1% do bilhão que usam o Chrome e 3% dos 256 milhões do Firefox). O lucro mensal de cada um é de poucos dólares, mas as vantagens vão além da monetária: páginas sem anúncios carregam mais rapidamente, com economia de memória e bateria, além do óbvio aumento da privacidade online.
O crescimento é constante: cerca de 10% a mais de usuários a cada mês. A empresa quer, no futuro, lançar um kit de desenvolvimento de software para outros fabricantes adotarem o mesmo modelo pay-to-surf .
Fontes