DeepMind utiliza IA para catalogar vida selvagem no Serengeti via fotos

A britânica DeepMind, irmã da Google, está há 9 anos colaborando em um projeto para o desenvolvimento de máquinas baseadas em inteligência artificial para detectar e fotografar animais do Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia. O objetivo é estudar a dinâmica comportamental da comunidade animal africana da área protegida a partir das fotos tiradas no local.

O modelo desenvolvido pela empresa permite registrar e catalogar a vida animal nas mais diversas situações, com câmeras sensíveis. A tecnologia baseada em inteligência artificial reconhece os animais fora de foco ou em movimento muito rápido, pois as câmeras instaladas há quase 1 década são acionadas pela passagem de um espécime por meio de um sensor de movimento.

A importância do projeto

As fotos não interferem na rotina diária dos animais e apresentam grande resolução espacial e temporal, permitindo que pesquisadores estudem o comportamento, a distribuição e a demografia do parque. O sistema da DeepMind melhora significativamente os esforços de conservação, protegendo as espécies frágeis, muitas das quais estão vulneráveis a uma crescente influência humana.

A DeepMind ainda está desenvolvendo um modelo pré-treinado de suas máquinas, o que necessitaria de um hardware simples e pouca conectividade à internet. O uso de uma versão como essa traria ainda menos impactos à vida selvagem.

A partir das fotos, voluntários ao redor do mundo contam e identificam as espécies manualmente, por meio do sistema Zooniverse, que hospeda muitos outros projetos similares. O conjunto de fotos resultou em uma plataforma de dados, o Snapshot Serengeti, que inclui a identificação e demografia de cerca de 50 espécies do parque.

O Serengeti é uma área com biodiversidade incomparável, constituindo habitat de uma comunidade intacta de grandes mamíferos e aves.

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