O Hospital da Polícia Militar de Belo Horizonte, Minas Gerais, começou a adotar uma técnica que promete evitar trocas de bebês em maternidades: o uso de biometria para registrar os recém-nascidos na unidade.
O sistema em questão foi desenvolvido por uma empresa chamada Griaule e faz uma leitura da palma da mão do bebê, uma vez que os dedinhos ainda são pequenos para registro de digitais. Uma vez capturados esses dados, eles são enviados para a declaração dos nascidos vivos para gerar a certidão de nascimento da criança.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
“Ainda na sala de parto, as mãozinhas do bebê são registradas por um leitor, que automaticamente vincula as imagens à identidade da mãe ou responsável. Nenhum bebê pode ser retirado da maternidade sem passar pelo reconhecimento biométrico”, explicou João Weber, diretor da companhia que inventou o sistema utilizado no hospital mineiro.
Vale mencionar que, em 2018, o Ministério da Saúde lançou uma portaria obrigando os hospitais a registrarem os recém-nascidos por meio de biometria, mas ainda não há um número grande de unidades que tenham adotado a técnica.
Evitando mais problemas
Com o cadastro da biometria do bebê, também se espera diminuir o número de crianças abandonadas nas maternidades, pois muitas delas poderiam ser encaminhadas para a adoção. Em 2017 existiam cerca de 7 mil crianças encontradas nessa situação, de acordo com estimativas do Cadastro Nacional de Adoção.
“Com o cadastramento neonatal obrigatório, o bebê abandonado terá rapidamente sua identidade reconhecida, assim como aquela da mãe e dos responsáveis”, declarou Weber.
Fontes