Imagine uma obra de arte que se movimenta ou “reage” de forma diferente, de acordo com o deslocamento ou as expressões faciais do público. É isso que as peças da exposição “Das tripas coração”, da artista Katia Wille, fazem. A mostra entra em cartaz no final de semana, na Galeria do Lago, que fica no Museu da República, Rio de Janeiro.
São três diferentes experiências. A primeira interage por meio de análise de aproximação e se movimenta conforme a aproximação das pessoas. A segunda se comporta de maneiras distintas com base nos sentimentos e as manifestações dos visitantes, e a última, responde com aúdio a partir de perguntas feitas pelos transeuntes.
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Fonte: Divulgação
Para realizar tudo isso, foi necessário usar serviços cognitivos da nuvem Azure, da Microsoft, e estruturas exclusivas com apoio da robótica. São executados também algoritmos com visão computacional e reconhecimento de fala.
Quero expor ao máximo a vulnerabilidade das relações humanas, diz a artista Katia Wille
Segundo a artista Katia Wille, a ideia é estabelecer uma simbiose sensorial entre obras de arte e o espectador. “Quero expor ao máximo a vulnerabilidade das relações humanas. O objetivo final é começar a criar um espelho de nós mesmos nas obras: o corpo seria representado pelos braços robóticos e sensores responsáveis pelos movimentos, a mente pela inteligência artificial que aprende com os nossos sentimentos e dá os comandos para que os movimentos aconteçam, e a alma é representada pela arte das membranas de ecolatex pintadas como uma pele frágil e reluzente. Está estabelecida assim uma relação de confiança e imersão entre o artista, a obra e o público.”
“Das tripas coração” fica aberta até o dia 31 de maio, das 14h às 17h, na rua do Catete, 153, com entrada franca e classificação livre.
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