Pois é, a tecnologia de reconhecimento facial tem rendido bastante assunto nos últimos tempos - principalmente pelo uso que corporações e autoridades podem acabar fazendo de recursos do tipo. Enquanto certas aplicações sejam de fato bons motivos para preocupação, há quem veja o reconhecimento facial como uma possibilidade de fazer o bem para pessoas que precisam.
Emma Yang, uma garota de apenas 14 anos, pretende aplicar a mesma tecnologia utilizada para identificar suspeitos e criminosos para uma bela finalidade: ajudar pacientes que sofrem de Alzheimer a identificar parentes, amigos e outras pessoas queridas. A ideia dela surgiu de uma experiência pessoal: de tempos para cá, ela percebeu que sua avó estava começando a esquecer de informações que iam de datas de aniversário à última refeição que ela havia feito.
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Para alguém tão jovem - afinal, ela tinha por volta de 12 anos na época destes ocorridos -, esta não é uma experiência fácil de se lidar. Contudo, Yang viu a situação como uma oportunidade de ajudar a, quem sabe, aliviar alguns dos principais problemas da doença: o app criado permite que fotos sejam agrupadas por indivíduo e possui uma agenda telefônica baseada em imagens. Assim, é só o usuário tocar na foto da pessoa desejada para enviar uma mensagem ou realizar uma ligação. O aplicativo utiliza a IA da startup Kairos.
Para completar, ela faz parte da geração de crianças que aprende desde cedo não só a utilizar a tecnologia, mas a criá-la. Yang aprendeu a programar por conta própria quando tinha apenas seis anos de idade. Claro que não é fácil desenvolver um aplicativo com reconhecimento facial, ainda mais quando se é tão jovem. Infelizmente houve quem duvidasse do seu trabalho – tanto que surgiram sugestões até mesmo para que ela apresentasse o app em feiras de ciências ou o disponibilizasse online para ver como se sairia - mas não há motivos para ela se importar com o pessimismo; afinal, Emma tem o apoio de nomes como Bill Gates e Joseph Tsai.
Fontes