Lançado há pouco mais de seis meses, a versão “light” do aplicativo da Uber foi colocado no mercado pensando nos usuários de países em desenvolvimento e que possuem uma alta demanda por serviços desse tipo, como o Brasil, o México e a Índia. A equipe de desenvolvimento do Uber Lite contou um pouco como foi o processo de criação dessa versão do app que consome menos internet e funciona em aparelhos mais simples.
Foi por meio de pesquisas entre os usuários do Uber que a empresa descobriu também que muitas pessoas achavam a interface do app muito complicada e confusa
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Tudo começou com uma ideia da equipe de acesso global da Uber para conseguir mais usuários nesses mercados emergentes, que são conhecidos por serem grandes consumidores de smartphones de entrada e intermediários. O grupo analisou quais fatores poderiam ser cruciais para que um usuário optasse por usar o Uber nesses locais. Os três principais problemas eram: limitação de hardware, conexão ruim com a internet (ou dados limitados) e a complexidade da interface do aplicativo.
“Descobrimos que mais de 80% a 85% de nossos usuários estão na plataforma Android. Analisamos o público Android em mercados emergentes e descobrimos que a maioria do nosso público dependia de dispositivos que eram de 2014 ou mais antigos. Enquanto essas pessoas reservavam corridas, sentimos que poderíamos fazer muito mais para melhorar sua experiência”, disse Shirish Andhare, chefe de produto e crescimento da Uber.
Menor espaço utilizado
Levando em conta o espaço de armazenamento limitado desses smartphones com Android, além da menor capacidade de processamento, a equipe de desenvolvimento passou a pensar em uma versão para o app da Uber que ocupasse menos espaço – visto que os usuários geralmente desinstalavam o Uber para poderem guardar mais fotos, por exemplo.
35% dos usuários nesses mercados contavam com uma conexão inferior ao 3G
Foi por meio de pesquisas entre os usuários do Uber que a empresa descobriu também que muitas pessoas achavam a interface do app muito complicada e confusa, e geralmente precisavam pedir alguma ajuda para parentes ou amigos na hora de pedir uma carona. O terceiro problema, a internet móvel, foi solucionado com uma versão que consumia menos dados, visto que 35% dos usuários nesses mercados contavam com uma conexão inferior ao 3G.
Com um aplicativo praticamente à prova de travamento, leve, rápido e mais intuitivo, a Uber foi capaz de reter um mercado em plena expansão e aumentar muito o número de usuários da plataforma de caronas pagas que mudou a maneira como as pessoas se deslocam nas cidades.
Fontes