A essa altura, o reconhecimento facial vem se tornando onipresente. Essa tecnologia já está presente em redes sociais e programas de monitoramento há alguns anos e, desde que a Apple popularizou um mapeamento mais preciso com o FaceID, outras fabricantes também vêm oferecendo as suas versões de identificação do rosto — que aos poucos vem substituindo a autenticação por senhas e impressões digitais.
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Mas até que ponto essa essa ferramenta é confiável? E em que patamar estamos em termos de precisão? “E se eu reproduzir uma cópia fiel de minha cabeça com uma impressora 3D, consigo desbloquear meu iPhone X?” Bem, o pessoal da Forbes resolveu fazer esse teste.
Fonte: Forbes
A réplica foi produzida no estúdio Backface, em Birmingham, no Reino Unido, onde a captação do rosto do jornalista Thomas Brewster foi realizada com um total de 50 câmeras, combinadas para tirar uma única foto para compor o completo modelo tridimensional. Após retoques e coloração, uma cópia em tamanho natural ficou pronta em alguns dias, pelo valor de 300 libras (R$ 1.468 na conversão direta).
Cabeça foi testada em 4 aparelhos Android e 1 iPhone X
Em seguida, foram escolhidos dispositivos Android que oferecem ao menos algum grau de reconhecimento facial para o desbloqueio da tela: o LG G7 ThinQ, o Samsung Galaxy S9, o Samsung Galaxy Note 8 e o OnePlus 6. Todos foram testados e comparados com o iPhone X. Nos quatro, a face de mentira foi capaz de burlar a autenticação. Já o produto da Apple se mostrou capaz de bloquear a cabeça falsiane.
O teste também foi realizado na entrada de credenciais Microsoft Hello e também não foi possível enganar o sistema. Ambas as empresas vêm aprimorando sua segurança — e não à toa são as duas mais valiosas do mercado — e tanto os softwares quanto os hardwares para reconhecimento têm melhorado nos últimos anos. Além disso, o próprio FaceID possui uma varredura de 30 mil pontos.
Contudo, no Android, esse refinamento ainda não é possível — pelo menos é o que mostra essa avaliação. E, na verdade, as próprias fabricantes admitem isso. Na descrição da LG, por exemplo, ela recomenda que esse recurso seja usado como desbloqueio complementar, como um PIN. A Samsung e a OnePlus também dizem que o mapeamento está longe de ser o ideal.
Fonte: Forbes
É bem provável que, com a chegada de novos processadores, em especial os de 7 nm, e o melhor ajuste de softwares e sensores possam trazer melhores resultados muito em breve — mas, por enquanto, somente os iPhone X parecem ser mais seguros, embora ainda não exista um sistema impenetrável.
Especialista diz que senha continua sendo mais seguro
“Concentre-se no aspecto secreto, que é o PIN e a senha. A realidade de qualquer biometria é que ela pode ser copiada. Qualquer pessoa com tempo, recursos e objetivos suficientes pode investir tempo para falsificar seus dados biométricos”, diz Matt Lewis, diretor de pesquisa da firma de segurança NCC Group.
Além disso, atualmente há chaves físicas e verificação em duas etapas que oferecem uma camada extra de segurança. Não é tão prático e rápido quanto olhar para o display ou colocar o dedo no aparelho, entretanto, continua sendo a melhor linha primária de defesa.
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