O assistente virtual da Google consegue ser útil e natural ao mesmo tempo, capaz de travar conversas de forma natural e engajada com os usuários. Mas como se chegou nesse ponto? Segundo o designer-chefe de persona e conversação da Google James Giangola, isso foi possível porque a empresa criou uma história de fundo para o “personagem” da assistente.
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Um roteiro com a origem e a história da assistente virtual foi entregue à atriz de voz que interpreta as conversas travadas em inglês com o programa. De acordo com técnico, a voz foi idealizada para se parecer com alguém oriunda do estado do Colorado, nos Estados Unidos, por causo sotaque menos acentuado das pessoas daquela região.
“Ela é a filha mais nova de uma bibliotecária e de um professor de física e tem é bacharel em história da arte cursado na Universidade Northwestern”, explica Giangola em entrevista ao site The Atlantic. Durante a infância, ela foi ganhou US$ 100 mil em uma disputa entre crianças no programa de TV Jeopardy. Ela curte canoísmo e, atualmente, trabalha como assistente pessoal de um programa de auditório que passa tarde da noite, revela o técnico da Google.
Lógico que o histórico e a naturalidade citados ficam mais evidentes na utilização da versão em inglês americano da Assistente. Não se sabe se a Google repete o mesmo processo em todos os idiomas suportados pelo assistente virtual.
Passo seguinte
Esses esforços da Google para criar personas realistas por trás da voz de sua assistente virtual provavelmente fazem parte, também, do desenvolvimento de tecnologias como Duplex e Screen Call.
O Google Duplex foi apresentado em maio e coloca a assistente para ligar para pedir comida ou marcar consultas como se fosse uma pessoa de verdade falando ao telefone. A Screen Call faz o contrário e transforma ligações recebidas em mensagens de texto para que você saiba qual o teor de uma ligação antes mesmo de atendê-la.
Agora imagine quando essa assistente virtual ganhar um corpo físico (e armas!).
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