Os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, serão os primeiros a utilizar um poderoso sistema de reconhecimento facial para garantir segurança e autenticar a identificação em todos os locais do evento. O banco de dados deve guardar fotos de mais de 300 mil participantes. A novidade foi anunciada pelos próprios organizadores, que atribuíram à gigante japonesa NEC a responsabilidade pelo desenvolvimento dessa tecnologia.
Ao todo, as torres de verificação serão instaladas em 43 instalações, incluindo a Vila Olímpica e os centros de imprensa. A plataforma deve ter alta velocidade, o suficiente para que não hajam atrasos no controle dos perfis dos atletas, voluntários, organizadores e jornalistas. Aliás, todas as fotografias estão sendo cadastradas em uma base específica para esse fim.
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"Os locais de Tóquio nem sempre têm espaço suficiente para a verificação de segurança ou até mesmo o espaço para aguardar essa checagem. Quando os eventos estão acontecendo, esperamos a vinda de muitas pessoas e o tempo estará muito quente. É por isso que introduzimos esse reconhecimento facial”, explica o chefe da segurança do evento, Tuyoshi Iwashita, em entrevista à Reuters.
O reconhecimento facial da NEC não será estendido aos espectadores, portanto, o público segue usando as credenciais convencionais para ter acesso aos jogos. A companhia adiantou que vem realizando testes desde a Olimpíada do Rio, em 2016, e o sistema já funciona em vários locais, incluindo aeroportos.
Durante uma demonstração, os tótens foram capazes de identificar com sucesso uma variedade de rostos e pessoas, incluindo cadeirantes e tipos físicos bem distintos. A média de acerto é de 99,7% e “esse número não vai mudar com a nacionalidade ou se você é pequeno ou grande”, garantiu um porta-voz da empresa.
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