Após meses de análises de vídeos de vigilância de aeroportos da Inglaterra e da cidade de Salisbury, a polícia de Londres afirma ter identificado dois suspeitos do ataque com Novichok, agente nervoso tóxico. Um software de reconhecimento facial foi usado para reconhecer os dois indivíduos que podem ter sido responsáveis pelo envenenamento de Sergei Skripal, ex-espião duplo russo, e sua filha, Yulia Skripal, em março.
Apesar de controversa, a tecnologia ajudou a polícia a encontrar duas “novas identidades” no caso, que viajaram com nomes falsos em voos comerciais para fugir do país. De acordo com uma fonte que não quis se identificar, ambos nunca foram usados em ataques e não seriam espiões, até onde se sabe. Ainda há dúvidas se a dupla seria russa. O governo da Inglaterra atribuiu o caso a Moscou, que nega participação no atentado, embora a substância seja produzida apenas em laboratórios militares russos. Especialistas que estão trabalhando no caso afirmam que ainda não é possível determinar a origem do agente neurotóxico utilizado no envenenamento.
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Sergei e Yulia foram encontrados inconscientes em um banco de rua, na cidade de Salisbury, depois de terem tido contato com a substância chamada Novichok. Pai e filha permaneceram no hospital por mais de 1 mês e agora passam bem. O ex-espião foi coronel do serviço secreto militar russo, mas acabou sendo condenado por traição por vender informações ao Reino Unido.
Incidente diplomático
O caso deu início a uma crise diplomática envolvendo diversos países. Depois de atribuir a culpa do ataque à Rússia, o governo britânico expulsou 23 diplomatas russos de seu território. Os Estados Unidos e outras nações europeias seguiram os passos da Inglaterra. O ato foi devolvido na mesma moeda pelos russos, que expulsaram diplomatas americanos da embaixada dos Estados Unidos em Moscou. Mais de 300 diplomatas já foram afetados pela onda de expulsões, de acordo com a Agência France-Presse.
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