Fazer vídeos em câmera lenta em smartphones é uma realidade relativamente popular, com aparelhos intermediários já conseguindo taxas mais altas de quadros por segundo em sua captura de vídeo. O problema é que esse processo é bastante exaustivo para o hardware do aparelho no que toca a bateria ou processador, mas impacta principalmente no armazenamento desses aparelhos. Vídeos em câmera lenta ocupam muito mais espaço em disco, e a NVIDIA parece ter criado uma solução bastante interessante para isso.
A empresa apresentou recentemente os resultados de uma pesquisa que seus engenheiros de software vêm desenvolvendo através de inteligência artificial. O novo programa é capaz de gerar quadros extras para praticamente qualquer tipo de vídeo e fazer com que determinado clipe seja exibido em câmera lenta.
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Enquanto é possível gravar vídeos em 240 quadros por segundo em um smartphone, capturar tudo com altas taxas de quadros é impraticável
“Enquanto é possível gravar vídeos em 240 quadros por segundo em um smartphone, capturar tudo com altas taxas de quadros é impraticável, uma vez que isso requer grandes quantidades de memória e consome muitos recursos do aparelho”, escreveram os engenheiros da NVIDIA em seu artigo científico sobre o tema. “Por conta dessas e de outras razões, é de grande interesse gerar vídeos em câmera lenta de alta qualidade a partir de clipes existentes”.
O software usa inteligência artificial para rastrear os movimentos dos objetos em cada quadro dos vídeos e, em seguida, gera quadros artificiais prevendo quais seriam os movimentos entre um quadro e outro. A NVIDIA explica que seu programa consegue gerar até sete quadros extras entre cada dupla de quadros originais, expandindo as possibilidades de câmera lenta largamente.
Isso quer dizer será possível em breve fazer vídeos em câmera lenta a partir de capturas tradicionais, feitas em baixas taxas de quadros por segundo, como 30 fps ou 60 fps. Não se sabe, contudo, quando essa tecnologia da NVIDIA poderia chegar ao consumidor. Mas isso pode demorar um pouco, considerando que, para alguns tipos de vídeos, foi preciso treinar a IA de maneira bem específica, e mais casos especiais podem aparecer quando a tecnologia começar a ser testada em grande escala.
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