Mark Zuckerberg, revelou várias novidades durante o evento anual para desenvolvedores, o F8 Keynote, que aconteceu nesta semana. Além de revelar que o Instagram terá integração com Spotify, sistema automático antibullying nos comentários, videochat com até quatro pessoas e efeitos de realidade aumentada para câmera, o CEO do Facebook explicou como funciona uma tecnologia de reconhecimento visual baseado em inteligência artificial (IA) com a própria indexação feita pelos usuários.
Biblioteca de objetos treinados junto à inteligência artificial vai ajudar a descrever imagens para os deficientes visuais
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Enquanto a Google usa ferramentas como o reCAPTCHA para aumentar sua biblioteca com a ajuda dos humanos, o Facebook tem usado as hashtags para exercitar seus algoritmos. Os engenheiros inicialmente cadastraram nada menos que 3,5 bilhões de imagens com 17 milhões de citações para serem categorizadas pelas máquinas. O projeto vem colhendo resultados excelentes e bateu o recorde de precisão, que anteriormente era da Google, com uma taxa de acerto de 85,4%. E com direito a diferenciação de espécies da fauna e da flora, por exemplo.
“Estamos usando IA para gerar descrição de áudio a partir das fotos, para usuários com deficiência visual. Para melhorar esses sistemas de visão computacional e treiná-los para reconhecer e classificar consistentemente uma ampla gama de objetos, precisamos de conjuntos de dados com bilhões de imagens, em vez de milhões, como é comum hoje em dia”, explicam os pesquisadores, em blog que detalha o processo.
Ainda à sombra dos escândalo envolvendo a Cambridge Analytica, os cientistas asseguraram que só utiliza o conteúdo público — sem conexão com contas ou perfis — e para identificação de objetos, não de rostos. Além de criar uma ferramenta para os deficientes visuais, a companhia vem utilizado a IA para remover automaticamente spam, contas falsas e propaganda indevida, além de dois mil peças de material sobre os grupos terroristas ISIS e Al Qaeda.
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