A Reuters informou nessa sexta-feira (06) que os órgãos responsáveis pela comunicação do governo da Rússia pediram a proibição do aplicativo de comunicação Telegram, também russo, pela plataforma ter se negado a fornecer acesso à dados particulares e o conteúdo privado de conversas de seus usuários para o serviço de segurança do país.
Os responsáveis pela comunicação no país entraram com uma ação em um tribunal de Moscou nessa sexta-feira (06)
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Com 200 milhões de usuários ativos no mundo todo, o Telegram é o nono aplicativo de comunicação mais popular do mundo e tem ganhado muitos adeptos ultimamente. Na Rússia e na região dos países que fizeram parte da União Soviética, a plataforma é muito usada, e também em outros lugares, como o Oriente Médio e também no Brasil.
Um dos grandes atrativos do Telegram é sua segurança. O serviço permite que os usuários troquem mensagens criptografadas que são impossíveis de serem acessadas, inclusive pela própria empresa responsável pelo app e pelas autoridades governamentais.
Colaboração com suposta investigação
O Serviço Federal de Segurança da Rússia pediu acesso a algumas mensagens, incluindo o que afirmaram fazer parte de uma investigação antiterrorismo, mas o Telegram se recusou a colaborar por respeito à privacidade de seus usuários.
Ameaças para bloquear o Telegram caso ele não forneça dados privados de seus usuários não vão funcionar
Os responsáveis pela comunicação no país entraram com uma ação em um tribunal de Moscou nessa sexta-feira (06) “com um pedido para restringir o acesso no território russo aos recursos de informação da Telegram Messenger Limited Liability Partnership”.
Não houve nenhuma manifestação oficial da empresa, mas seu CEO Pavel Durov tuitou ainda no mês de março: “Ameaças para bloquear o Telegram caso ele não forneça dados privados de seus usuários não vão funcionar. O Telegram será sinônimo de liberdade e privacidade”.
Fontes