Quando falamos em reconhecimento facial, a maioria de nós pensa em identificar pessoas para fins como desbloquear a tela do celular ou mesmo promover vigilância estatal em massa. Contudo, a Cargil e uma empresa irlandesa chamada Cainthus estão trabalhando em levar essa tecnologia para fazendas. A ideia é identificar vacas individualmente pelos seus rostos e acompanhar seus padrões de alimentação, bem como comportamento geral.
Com isso, o sistema desenvolvido pelas duas empresas poderá identificar com mais agilidade quando um animal está doente ou com algum outro tipo de problema que precisa de atenção. Dessa forma, fazendeiros poderiam dar atenção especial para um bovino identificado como em perigo e resolver problemas de forma mais econômica e menos estressante para os bichos.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
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Funcionamento
Para funcionar, o sistema precisaria que câmeras fossem instaladas em áreas de alimentação dos animais. Enquanto as vacas se alimentam, o sistema traçaria as características de seus rostos e monitoraria seu comportamento por toda parte de forma individualizada. As pessoas responsáveis por cuidar dos rebanhos receberiam atualizações em tempo real sobre os animais.
Nossa visão é transformar o modo como trazemos informações e análises para produtores de laticínios ao redor do mundo
“Nossa visão é transformar o modo como trazemos informações e análises para produtores de laticínios ao redor do mundo”, disse SriRaj Kantamneni, diretor geral dos negócios digitais da Cargil. “Dar subsídios para que nossos consumidores possam tomar decisões proativas e preditivas para melhorar a eficiência de suas fazendas, incrementar a saúde dos animais e seu bem-estar, reduzir a perda de rebanho e, consequentemente, aumentar a lucratividade”, completou.
É curioso considerar, contudo, que esta não é a primeira vez que se utiliza aplicações de inteligência artificial — como reconhecimento facial — na produção de alimentos via animal. Em 2017, a Scientific American reportou que pesquisadores usavam IA para “decodificar o cacarejado” de galinhas, também para monitorar a saúde dos bichos.
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