Cientistas da Universidade do Arizona estão levando objetos criados em realidade virtual a outro nível: eles estão conseguindo fazer com que "coisas" virtuais se escondam por trás de itens reais; um exemplo é colocar um objeto digital por trás de livros em uma estante (como mostra a imagem abaixo). Isso, até alguns meses atrás, era algo muito imaginado, mas ainda impossível de ser alcançado.
Os pesquisadores da Universidade desenvolveram um protótipo de sistema que consegue realizar essa proeza. Liderado pela professora Hong Hua, da Escola de Ciências Ópticas da instituição, o projeto consiste em uma técnica que controla a luz no mundo real por meio do uso de espelhos e lentes.
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Perceba na imagem que, além de ficar atrás de um objeto, o pote está na frente de uma lata de spray — ou seja, um objeto virtual também pode bloquear imagens reais.
Só para constar: os materiais utilizados foram esses porque a ideia era que o protótipo atingisse o seu objetivo — provar que inserir um objeto virtual no mundo real, de fato, é possível — e, portanto, o projeto priorizou um custo reduzido.
Agora, a professora e mais um aluno que a ajudou a desenvolver o protótipo inicial, Austin Wilson, estão trabalhando em um dispositivo de realidade aumentada que possa ser usado como um capacete (o protótipo atual é para ser usado em apenas um olho, mais como um telescópio do que como óculos).
Esse é um avanço e tanto para a tecnologia. A especialista afirma que ainda pode levar algum tempo para que a tecnologia possa ser vista atuando em dispositivos de realidade aumentada que conhecemos hoje. "Para isso, será preciso utilizar sensores de profundidade — algo que pode ser hoje encontrado em dispositivos como o HoloLens, da Microsoft", continua ela na entrevista ao MIT Technology Review.
'Para levar isso a dispositivos populares, provavelmente vai demorar um pouco' - Hong Hua, em entrevista ao MIT Technology Review
Magic Leap
Hua não disse exatamente qual será o futuro do trabalho, mas podemos especular que a tecnologia possa ser utilizada pela startup de realidade aumentada Magic Leap (ML).
Isso porque a especialista trabalha como consultora para a empresa e está listada como uma das inventoras de uma das patentes da ML, incluindo duas que visam ao controle de oclusão e opacidade (que é bem parecido com com a proposta desse protótipo). Apesar disso, a professora afirmou ao MIT Technology Review que os trabalhos não estão relacionados.
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