Eis aqui a prova de que a inteligência artificial pode se mostrar útil em diversos campos. De acordo com algumas notícias que estão circulando a rede, a Google repassou um montante equivalente a 706 mil euros (aproximadamente R$ 2,6 bilhões) para a Press Association para ajudar na Digital News Initiative, responsável por oferecer suporte ao jornalismo digital.
Segundo informações divulgadas, a Press Association vai trabalhar em conjunto com a startup Urbs Media para produzir cerca de 30 mil histórias locais no Reino Unido e na Irlanda com a ajuda de um software. Entretanto, ele não será o único responsável por esse material, já que jornalistas humanos vão ajudar na produção de histórias mais detalhadas para tópicos como crime e saúde, enquanto o recurso da ferramenta Radar (desenvolvida pela startup) iria preencher lacunas e ajudar a localizar o artigo.
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Quanto ao montante repassado pela Google, ele seria útil para criar ferramentas capazes de obter informações de bancos de dados públicos do Reino Unido. O Radar também ficaria com a função de gerar gráficos para esses materiais, bem como adicionar vídeos e fotos importantes para esses conteúdos. Entretanto, é válido ressaltar que esse software só será usado a partir de 2018.
Será que a inteligência artificial vai substituir os jornalistas no futuro?
“Jornalistas humanos ainda serão vitais para esse processo, mas [o] Radar nos permite recorrer à inteligência artificial para aumentar o volume de histórias locais que seriam impossíveis de entregar de forma manual”, explicou Peter Clifton, editor da Press Association.
Mas será que funciona?
Enquanto alguns podem olhar essa iniciativa como algo visionário, outros imaginam que, na prática, ela talvez não dê tão certo. Um deles é Tim Dawson, presidente da National Union of Journalists.
O que me preocupa é que tudo termine como histórias de terceira categoria que parecem algo fantástico, mas são geradas por computador e isso leve as empresas a demitirem ainda mais repórteres
“O problema real é que a mídia é um pouco responsável por entregar coisas de boa-fé. Não acredito que toda essa história de computador vai realmente ocupar esse espaço. O que me preocupa enquanto presidente do National Union of Journalists é que tudo termine como histórias de terceira categoria que parecem algo fantástico, mas são geradas por computador e isso leve as empresas a demitirem ainda mais repórteres”, ressaltou Dawson em entrevista ao The Guardian.
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