Desde o lançamento da última geração de iPhones, no ano passado, é sabido que a japonesa Sharp é a responsável pela fabricação das telas desses dispositivos.
Ao que tudo indica, a mesma empresa estaria produzindo esse componente também para o iPhone 6, tanto que uma de suas bases de produção, a de Kemayama, direciona 100% de seus produtos para a Apple, que chegou a investir uma boa grana nessa base para ter essa exclusividade.
Contudo, segundo um periódico japonês, a Sharp não está mais interessada em ficar tão atada à Apple e está negociando com a Maçã uma forma de devolver o investimento e ter liberdade para produzir o que quiser e para quem quiser na fábrica de Kemayama. Contudo, essa negociação não parece estar fluindo muito bem, tanto que o termo utilizado pela imprensa internacional para designar a situação é “luta”.
A Sharp teria oferecido à Apple um montante de US$ 293 milhões para ter a propriedade total da sua base em Kemayama e, com isso, ter a liberdade de produzir para fabricantes de smartphones chinesas, uma vez que a demanda por displays por parte da Apple é muito inconstante. Antes de um lançamento, a Maçã compra milhões de telas em pouco tempo e, depois de toda essa pressa, a demanda diminui drasticamente por causa dos estoques.
Fábrica da Sharp recebeu investimento da Apple para que fosse possível fabricar telas para os iPhones no local
Não venda para a Samsung!
Não fica claro se a negociação entre as duas empresas ficará acertada com esse pagamento por parte da Sharp, mas a Apple estaria fazendo uma demanda: ela aceitaria o negócio se a Sharp não fornecesse nenhum display para a Samsung, a sua maior concorrente.
Pode parecer meio “jogo sujo” esse pedido, mas ele pode ser considerado também um tanto ingênuo, já que a Samsung é uma das maiores fabricantes de telas do mundo e, quase sempre, produz a maior parte dos displays de smartphones de que precisa, encomendando de outras empresas apenas algumas telas para modelos de baixo custo.
Sendo assim, qual seria a preocupação da Apple nesse sentido? Será mesmo que a Maçã faria uma demanda desse tipo ou há algum negócio obscuro que não é de conhecimento público nesse mercado de telas? De qualquer forma, nem Apple nem Sharp comentaram sobre o assunto até agora.