Dispositivos eletrônicos e água são coisas que, na maioria dos casos, não combinam. Mas é com essa união inusitada que a Microsoft pretende construir os data centers mais econômicos e autossustentáveis do mundo. A empresa divulgou hoje (1º) o Project Natick, que consiste em uma série de esforços para posicionar seus futuros servidores no fundo do mar – e, acredite, ela possui excelentes argumentos para defender essa ideia.
O principal problema com a manutenção de data centers é a refrigeração: são necessários sistemas complexos (e caríssimos) para manter as máquinas em uma temperatura ideal. No fundo do oceano, os racks estariam sempre refrigerados de forma natural, o que simbolizaria uma economia absurda nesse quesito. Além disso, a empresa também acredita que poderá fabricar servidores autossuficientes, que usam turbinas para gerar sua própria eletricidade.
E se engana quem pensa que a companhia está apenas fazendo previsões sem botar a mão na massa – a Microsoft já desenvolveu um protótipo funcional de servidor marítimo. Batizada como Leona Philpot (em homenagem à personagem da franquia Halo), a máquina consiste em um conjunto de computadores selados em um container pressurizado e recheado com nitrogênio. Mais de cem sensores foram instalados para monitorar umidade, pressão e outras variáveis que podem acarretar problemas.
Embora sua existência só tenha sido divulgada agora, o protótipo foi lançado no mar em agosto de 2015, permanecendo em atividade durante 105 dias corridos. A equipe responsável pelo projeto afirma que o teste superou as expectativas. Agora, a companhia pretende aprimorar ainda mais esses servidores aquáticos a ponto de torná-los comercialmente viáveis. Se tudo der certo, seus arquivos do OneDrive estarão guardados em computadores submersos daqui a alguns anos.
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