(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)
Há muito tempo que se discute a substituição das senhas tradicionais por um método de segurança menos vulnerável, sendo que organizações como a DARPA e o Google já estudam alternativas para isso.
Enquanto alguns possíveis substitutos já são bastante famosos (como sensores biométricos capazes de escanear impressões digitais e retinas), alguns estudantes e pesquisadores da Universidade de Berkeley acreditam em uma opção que exija menos contato físico.
Com a ajuda de um headset equipado com um eletroencefalograma (EEG), o time desenvolveu uma maneira para que usuários possam autenticar suas identidades apenas utilizando as suas ondas cerebrais. Apesar de a ideia de “senhas mentais” já ter sido apresentada antes, os equipamentos anteriores eram caros e invasivos. Graças à disponibilidade de EEGs mais baratos, no entanto, parece que a novidade poderá enfim sair do papel.
O último desafio dos pesquisadores, no entanto, era descobrir se o headset de US$ 199 (R$ 396, na conversão direta de acordo com a cotação de hoje) era suficiente para perceber as ondas cerebrais dos usuários e qual era o melhor método de criação de “senhas mentais”.
Após realizar diferentes atividades de pensamento para cada usuário e calibrar o headset para essas tarefas, o sistema apresentou taxas de erro menores que 1%. Ao mesmo tempo, as melhores atividades para registrar senhas mentais são tarefas corriqueiras capazes de serem repetidas, como pensar em uma música ou contar objetos de uma cor específica.
A pesquisa também descobriu que é melhor que os usuários não criem sua própria “senha mental”, uma vez que muitas vezes tarefas complicadas ou muito difíceis de serem repetidas eram escolhidas. Tudo isso demonstra que ainda é necessário trabalhar um pouco mais no sistema antes de implementá-lo em escala industrial. No entanto, a sua simplicidade e o seu custo relativamente baixo fazem com que essa seja uma opção bastante promissora para o futuro.
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