Uma pesquisa encomendada recentemente pela LastPass levantou dados bem interessantes a respeito do comportamento dos internautas na hora de cuidarem da segurança de seus perfis online. Entre os resultados obtidos no estudo, um dos mais interessantes diz respeito a como, ao tentar criar senhas seguras, grande parte dos usuários acaba recorrendo a temas comuns do dia a dia para elaborar sua proteção ou dando prioridade de importância aos passwords de acordo com o tipo de serviço utilizado.
Para dar uma ideia do patamar médio das senhas configuradas pelo público, o projeto revelou que 47% dos entrevistados incluíram nomes de familiares ou suas próprias iniciais em suas senhas. Outros 42% usaram datas ou números importantes e 26% escolheram o nome do animal de estimação para proteger suas contas na web. Claro que essas opções não são as mais aconselhadas para compor sua palavra secreta, já que todas essas informações podem ser obtidas facilmente em sites de busca ou nas redes sociais.
"123456" também não dá, né?
Além disso, aparentemente não é todo o tipo de plataforma que merece a mesma dedicação do usuário na hora do preenchimento da senha. Serviços tido como mais importantes para as pessoas, por exemplo, ganham um esforço extra em sua proteção. Com base nessa visão segmentada de segurança, os entrevistados indicaram que criam senhas mais fortes para serviços financeiros (69%), varejo (43%), mídias sociais (31%) e entretenimento (20%). Faz sentido uma separação dessas para você? Saiba que as coisas não funcionam bem assim.
O setor mais valorizado pelos clientes já é um dos mais protegidos naturalmente pelas empresas
Em primeiro lugar, o Identity Theft Resource Center relatou que apenas 21 instituições financeiras foram violadas em 2016 – entre mais de 657 empresas do segmento –, mostrando que o setor mais valorizado pelos clientes já é um dos mais protegidos naturalmente pelas empresas. Além disso, se o usuário for do tipo que compartilha a mesma senha para diferentes sistema, as chances são de que os cibercriminosos acabem ganhando acesso ao seu banco ao atacar serviços que, para o internauta, pedem por menos de sua atenção.
Todo mundo sabe, mas ignora até ser tarde...
Para Joe Siegrist, vice-presidente e gerente-geral da LastPass, esses maus hábitos dos internautas em relação às suas senhas é um problema generalizado e que afeta todo tipo de público – independentemente de sua idade, gênero ou mesmo personalidade. "A maioria dos usuários admite compreender os riscos, mas continuam reproduzindo o comportamento, mesmo sabendo que deixam informações confidenciais vulneráveis a possíveis ações de hackers”, analisou o executivo.
A segurança da sua conta é tão forte quanto seu elo mais fraco
“Para estabelecer defesas mais eficazes, precisamos entender melhor por que os indivíduos agem de certa forma online e oferecer um sistema que torne mais fácil para o usuário gerenciar melhor seu comportamento em relação às senhas", conclui Siegrist. Serviços de gerenciamento de senha como o próprio LastPass, por exemplo, permitem que os usuários invistam em passwords fortes ao mesmo tempo em que facilita o processo de login nas mais diversas plataformas online – sem que você precise lembrar cada uma de suas senhas.
Como você lida com a sua proteção na web? Utiliza algum tipo de programa ou aplicativo para dar uma força nesse tipo de situação? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.
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