O ano de 2011 foi repleto com os lançamentos de games multiplayer online, os quais ocorreram praticamente em base semanal. Além dos novos jogos, muitos títulos já consagrados receberam atualizações de conteúdo e se tornaram total ou parcialmente gratuitos – se esta seleção abrangesse todos os games, a lista passaria facilmente de 30 itens.
Com tantos MMOs excelentes lançados este ano, formar uma lista com apenas 10 games é uma tarefa inglória, pois grandes nomes acabam ficando de fora. Entretanto, os jogos abaixo representam os gêneros mais populares – como RPG, ação e tiroteio num mundo pós-apocalíptico – devendo agradar a boa parte dos jogadores.
DC Universe Online
Num futuro nada distante, heróis e vilões estavam tão preocupados lutando entre si que não perceberam uma ameaça muito maior do que qualquer dicotomia: Brainiac. Ele passou anos roubando secretamente a energia de super-heróis e as usou para acabar com todos; com exceção de Lex Luthor, ninguém sobreviveu.
Luthor voltou ao passado para tentar evitar essa tragédia, e com ele trouxe uma tecnologia capaz de transformar pessoas normais em super-heróis! Você é um dos escolhidos para fazer parte da nova “safra” de super-humanos; todavia, você não precisa ser exatamente um herói que defende a paz, pois o game permite que você trilhe o caminho da destruição e tente escravizar o planeta.
Durante a criação de seu personagem, é possível usar um dos heróis (e vilões) da DC como base na hora de escolher suas características; apesar de também haver como criar algo totalmente diferente deles.
Com nomes célebres, proposta interessante, ótima jogabilidade e gráficos alucinantes, DC Universe Online merece ser o primeiro game desta seleção.
Hunter Blade
Com conceito grandemente baseado nos games da série Monster Hunter, Hunter Blade costuma ser injustamente acusado de copiá-los. A proposta de ambos, no entanto, é totalmente diferente, pois um é MMO e o outro é singleplayer – com suporte a um máximo de quatro jogadores, enquanto Hunter Blade conta com o sistema de famílias e clãs; reunindo centenas de players.
Mais especificamente, o conceito desses games é o seguinte: você caça monstros para vender seus restos mortais no mercado ou usá-los na confecção de novos equipamentos. Em Hunter Blade, toda arma ou armadura que você usa deve ser criada pelas suas próprias mãos, fazendo você precisar de ajuda de outros jogadores para tornar as caçadas mais fáceis; afinal, você pode precisar de muitas escamas de dragão para fazer um bom escudo.
Apesar de exigir relativamente poucos recursos do seu computador, Hunter Blade conta com gráficos exuberantes que muitas vezes farão você ser pego pelos monstros com a guarda baixa por estar admirando as belíssimas paisagens do game.
Além de bons gráficos e jogabilidade excelente, o sistema de classes do jogo também é diferenciado: cara arma muda as habilidades do seu personagem, isto é, basta trocar de arma para pertencer a outra classe. Dessa forma, você não fica preso a apenas um estilo de jogo; fato confirmado pela possibilidade de escolher duas especializações ao longo da aventura.
Digimon Masters Online
Este é o segundo MMO da série Digimon a ser lançado internacionalmente, apresentando uma evolução significativa nos gráficos e na jogabilidade: agora, o mundo não é mais uma espécie de 2.5D e também conta com efeitos visuais muito belos, bem como grandes quantidades de digimons para você capturar e treinar.
Caso você tenha começado a jogar Digimon Masters Online e desistido após perceber que havia um limite diário de horas para permanecer conectado, saiba que o game foi atualizado e não apresenta mais nenhuma restrição similar. Outras novidades da atualização incluem novas regiões e digimons para colocar dentro do digivice.
Age of Empires Online
Um dos lançamentos mais esperados pelos fãs de estratégia, Age of Empires Online causou grande alvoroço quando liberou gratuitamente a chave de acesso à sua versão Open Beta. Apesar de ter durado pouco tempo e muitas pessoas tenham perdido a chance de testá-lo, o game logo lançou sua versão final e se tornou gratuito para jogar; contudo, há restrições em relação às nações utilizáveis e às eras de tecnologia que você pode obter.
Muito parecido com um RPG, seu império ganha experiência, sobe de nível, aprende habilidades, pode equipar armas em suas unidades e permite a criação de grupos para a realização de missões. Apesar dessa aparente “corrupção” do gênero, as partidas de Age of Empires Online continuam iguais às originais; então, não há com o que se preocupar. A única diferença dramática da versão online para os games anteriores são os gráficos cartunescos.
Dungeons & Dragons Online
Talvez você estranhe ver Dungeons & Dragons Online nesta lista; afinal, o game já é um pouco antigo. A razão para isso foi a expansão Secrets of the Artificer, a partir da qual este MMO se tornou totalmente gratuito para você jogar: você não leu errado, DDO agora é gratuito! Contudo, nem tudo são flores, pois as missões e instâncias mais barra pesada precisam ser compradas pelo jogador – caso contrário, você tem acesso apenas a um conjunto limitado.
Nessa atualização, Dungeons & Dragons Online ganhou mais uma classe, o Artificer. Com ele, você consegue usar magia por meio de gadgets tecnológicos para causar grandes danos aos oponentes, assim como curar ferimentos básicos com magias de cura. Secrets of the Artificer também traz novas raids e instâncias para você adquirir os equipamentos mais poderosos do mundo de inimigos extremamente perigosos.
World of Tanks
Não há como negar: você sempre se vê tentado a pilotar os tanques de guerra que encontra abandonados quando joga um FPS. A proposta de World of Tanks agrada a quem não se importa em trocar o fuzil pelos pedais: no game, você controla um veículo blindado e batalha contra outros jogadores na mesma situação.
Os cenários do game são enormes e interagem com os times conforme suas ações – por exemplo, árvores são derrubadas se você passar por cima delas. Cada jogador é colocado num grupo quando a partida começa e deve fazer seu melhor para destruir os tanques do exército inimigo.
O nível de detalhes presente nos gráficos de World of Tanks promete conquistar o jogador, assim como as músicas épicas tocadas durante cada combate. Contudo, talvez você sofra um pouco no início do jogo, pois a resposta dos comandos é realista, o que torna a movimentação dos tanques um tanto difícil.
Fallen Earth
Num futuro distante, a Terra foi vítima de um vírus misterioso que matou 90% de sua população e deixou horríveis mutações nos sobreviventes. Em meio ao caos, uma companhia começou a criar clones de seres humanos para reabitar o planeta. Contudo, como tudo foi destruído e o mundo se tornou um grande deserto, várias facções surgiram para brigar pelo poder de organizar e arrebanhar a multidão de clones perdidos e sem objetivo.
Além de MMO, Fallen Earth é um FPS: você precisa derrotar as criaturas geneticamente modificadas para conseguir sobreviver, seja para autodeseja ou como forma de conseguir recursos. No início do game, você não precisa escolher nenhuma classe ou facção para se unir: primeiro, você precisa terminar as missões que ensinam as funções básicas do game; depois, de acordo com suas ações, você recebe uma especialização e uma lista de inimigos declarados.
O grande destaque de Fallen Earth não são seus gráficos, mas sim o realismo da dinâmica social do game. Nele, por exemplo, você precisa abastecer seu carro e estacioná-lo num lugar seguro: caso contrário, alguém de uma facção inimiga pode roubá-lo ou cortar seus freios – além disso, a mira no estilo FPS das armas de fogo deve agradar a muitos jogadores.
World of Warcraft Starter Edition
Como o lançamento da expansão Cataclysm aconteceu em dezembro de 2010, talvez você ache que World of Warcraft não devesse estar nesta seleção. Entretanto, a razão de sua presença é que o game aderiu à moda e se tornou gratuito para jogar!
Calma lá, não pense que poderá batalhar contra o Deathwing só por causa disso: na verdade, essa é apenas uma forma de substituir o período de testes de 15 dias, pois as restrições impostas são muitas.
Basicamente, você não pode passar do nível 20 com seus personagens – existem outras restrições, mas só o fato de ser possível realizar apenas as missões iniciais de cada raça (exceto Draenei, Blood Elf, Goblin e Worgen; que não estão liberadas) já é o bastante para ilustrar a “amostra grátis” oferecida pela Blizzard.
Como a expansão tem seu conteúdo dividido em partes e três delas tiveram lançamento em 2011, vale a pena mencionar as novidades gerais: as raças Goblin e Worgen foram adicionadas, o nível máximo subiu para 85 e novas regiões foram adicionadas ao mapa, bem como raids e instâncias.
Contudo, a novidade mais legal vem no patch 4.3: a possibilidade de alterar a aparência de equipamentos. Com essa função, você fica com um visual bacana sem precisar equipar itens que se tornaram obsoletos com o passar das expansões.
Hellgate Global
Se matar mutantes em Fallen Earth não é o bastante para você, que tal arrancar as tripas de demônios e zumbis em Hellgate Global? Por ser remake de Hellgate London, o game conta com gráficos melhorados e que prometem agradar aos jogadores mais exigentes em relação ao quesito. Além de muito sangue ao matar os inimigos, outro destaque do jogo é que classes atiradoras usam câmera no estilo FPS na hora de mirar.
As animações relacionadas à história do game também são excelentes, e muitas vezes parecem reais de tão bem feitas. Com uma jogabilidade excelente, Hellgate Global promete fazer os jogadores morrerem apenas quando sua habilidade for baixa, pois eles respondem muito bem às teclas pressionadas. Finalmente, a ambientação sonora do jogo é outro ponto forte: ela proporciona suspense e varia conforme as situações da aventura; algo excelente.
Rise of Immortals
Assim como Age of Empires Online, Rise of Immortals também é um game de estratégia. Porém, ambos são diferentes porque este já apresenta uma base pronta e requer apenas que o jogador avance para destruir as construções adversárias – ou seja, possui a mesma proposta de DotA Allstars.
Nele, você possui 12 opções de heróis para lutar, cada qual com uma função durante as batalhas. Nelas, você ganha dois tipos de experiência, temporária e fixa. O primeiro tipo é usado apenas durante a partida, enquanto o outro permite que você compre habilidades permanentes – as quais melhoram as características do personagem, porém sem deixar os inimigos em grande desvantagem.
Se você gosta do gênero, talvez seja exigente quanto aos gráficos. Em Rise of Immortals, eles não apresentam grande resolução, todavia, são bastante detalhados e os efeitos visuais são de encher os olhos. A jogabilidade também não deixa a desejar, sendo familiar a qualquer gamer acostumado a jogos assim.