Se o seu veículo é novo e veio equipado com airbags, as chances de o dispositivo ser acionado eletronicamente são grandes – e isso abriu uma brecha para que hackers consigam desativá-lo, assim como outras funções controladas pela central eletrônica do automóvel.
Eles conseguem isso utilizando uma vulnerabilidade presente no software terceirizado utilizado pelas montadoras. Um grupo da Universidade de Budapeste foi o responsável pela descoberta, demonstrando como tudo funciona em um Audi TT. De acordo com os "pesquisadores", qualquer carro que utilize um sistema eletrônico está potencialmente exposto para a invasão, que não demanda muito esforço.
A falha de segurança é explorada através de um dispositivo USB – comumente utilizado pelas pessoas para ouvir música – que deve ser inserido na central multimídia do carro, geralmente integrada com a central eletrônica para demonstrar as informações de cada componente do carro.
O peso da eletrônica nos automóveis
O software malicioso substitui a DLL FTDI da central eletrônica do carro e, dado que grande parte dos veículos vem equipada com um modo para diagnósticos de problemas, esteacesso a tudo que pode ser ligado, desligado ou controlado eletronicamente – o que inclui aceleradores com a tecnologia "drive-by-wire".
Já mostramos algo parecido há alguns meses, com um vídeo que mostra dois hackers tomando o controle de um Jeep Cherokee de forma remota:
Se por um lado a falha é potencialmente perigosa, por outro, o fato de pessoas que trabalham com segurança a terem descoberto pode ajudar as desenvolvedoras dos softwares utilizados nas centrais dos veículos – assim como as montadoras – a solucionar o problema.
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