Que o mundo é monitorado 24 horas por dia até mesmo por um usuário doméstico, todos sabem. Que os hackers podem fazer o que bem quiserem, com quem quiserem e quando quiserem, também não é segredo para ninguém. Porém, agora a inteligência britânica resolveu entrar na brincadeira ao interceptar emails de jornalistas de veículos num alcance mundial – o que pode incluir o Brasil – por considerar que eles são “uma ameaça potencial para a segurança”.
Segundo apurou o The Guardian, a agência britânica de vigilância (GCHQ) teria grampeado emails de jornalistas da BBC, The New York Times, The Sun, The Guardian, Le Monde, NBC, The Washington Post e a agência Reuters.
Contexto que vem desde 2008
O número é chocante: os emails faziam parte de 70 mil mensagens hackeadas em menos de 10 minutos em 2008, quando ocorreu uma operação da principal agência de segurança britânica, a CGHQ (Central Government Headquarters).
Conforme mencionado, de acordo com as orientações internas de segurança citadas pelo veículo inglês, os serviços secretos britânicos consideram os jornalistas uma “ameaça potencial para a segurança”, destacando os profissionais que atuam no campo investigativo. A inteligência coloca esses jornalistas no mesmo patamar de terroristas e hackers no fator "perigo". Exagerado, não?
Editores britânicos se revoltaram
Em resposta à ação radical, pelo menos 100 editores britânicos publicaram uma mensagem coletiva pedindo ao governo que tome providências e impeça esse monitoramento. Os jornalistas temem que os telefones também sejam grampeados e citam isso na carta.
David Cameron, o primeiro-ministro britânico, tem adotado medidas severas para reforçar a segurança e a vigilância no país após os atentados terroristas ocorridos no começo do mês ao Charlie Hebdo, em Paris.
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