Brasil vai lançar satélite até 2015 para evitar espionagem norte-americana

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Último satélite de comunicações da Embratel sendo lançado em 2008. (Fonte da imagem: Reprodução/G1)

O governo brasileiro planeja lançar um satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas para servir ao governo e proteger o tráfego de dados do país da espionagem norte-americana. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou que já está finalizando o processo de licitação para escolher a empresa que vai construir e operar o satélite em questão, que deve ser lançado até 2015.

A preocupação do Ministério da Defesa para ter um satélite exclusivo para o governo se deve à ameaça de cooptação de empresas privadas por governos estrangeiros. Isso porque, segundo as denúncias do ex-técnico da NSA (agência de segurança interna dos EUA), Edward Snowden, empresas privadas de comunicação e internet teriam cooperado com a espionagem norte-americana no Brasil.

“O lançamento do satélite certamente dará mais segurança para as comunicações brasileiras”, afirmou o general Sinclair Mayer do Ministério da Defesa. Ainda assim, o governo está incentivando empresas de internet a construir data centers em território nacional para evitar que dados de brasileiros estejam à disposição de governos estrangeiros.

Ligação direta com Europa e África

Ainda segundo o ministro das Comunicações, o governo já está construindo novos cabos submarinos de comunicação que vão ligar o Brasil diretamente à Europa e África para descentralizar a comunicação global das mãos dos EUA. Maiores informações sobre datas para esses cabos começarem a operar não foram dadas pelo ministro.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também está envolvida nesses programas de segurança das comunicações brasileiras. Octavio C. Cunha, representante da agência para o assunto, comentou à Agência de Notícias Câmara que “o domínio da tecnologia empregada nas comunicações é a grande solução” para o problema. É importante notar que, atualmente, todos os satélites que operam as comunicações no Brasil são de propriedade de empresas privadas, o que tornaria necessário o lançamento de um próprio do governo brasileiro.

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