(Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
Graças a Hollywood, muitas pessoas têm uma imagem romantizada do que é realmente ser um hacker. No lugar de pessoas que passam horas em frente ao computador planejando ataques, entram rostos bonitos que simplesmente conectam um dispositivo a uma máquina qualquer para, em questão de instantes, obter qualquer informação protegida.
Ao menos se depender da DARPA, essa imagem típica da ficção logo deve ser incorporada por profissionais dedicados a fazer ataques cibernéticos inesperados. Através de um projeto batizado como “Plano X”, a agência norte-americana espera tornar o trabalho de um hacker tão fácil quanto o de um jogador de video game.
O especialista em cibersegurança Dan Roelker afirma que a ideia é tornar ferramentas de invasão tão fáceis de usar quanto um item em World of Warcraft. Segundo ele, da mesma forma como você não sabe como uma espada do game foi encantada e somente se preocupa em usá-la, um hacker do futuro não vai precisar dominar todos os detalhes técnicos que envolvem explorar as brechas de um sistema.
No novo sistema, produtos como o Samsung SUR40 Touch Table podem ser usados para mostrar redes na forma de uma “constelação de estrelas”, o que permite selecionar rapidamente o alvo de um ataque. Segundo a Wired, ao escolher um local, surge um menu perguntando qual ação deve ser realizada, cada uma acompanhada por um custo específico.
Kit de desenvolvimento hacker
O site afirma que também é possível optar por “planos de combate” pré-estabelecidos, que tornam ainda mais mortais as ações realizadas. “É como (o jogo) Madden Football. Você pode pedir que um jogador que está correndo faça um passe, ou finja algo... Se fizermos os mesmos tipos de atividade, há uma maneira de construir um modelo e então permitir que alguém determine todas as jogadas que é possível fazer”, explica Roelker.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
A Darpa planeja usar o software do “Plano X” como uma espécie de kit de desenvolvimento a partir do qual hackers podem criar suas próprias ferramentas. A ideia é que o sistema funcione de forma semelhante ao Google Play ou à App Store, criando uma verdadeira loja virtual para softwares capazes de causar grandes prejuízos ao mundo virtual.
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