Infecções por trojan bancário disparam no Brasil; veja como se proteger

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Imagem: Getty Images/Reprodução

As infecções por trojan bancário no Brasil aumentaram 87% em um ano, colocando o país como o epicentro de ataques com esse tipo de agente malicioso para roubar informações financeiras na América Latina. Os dados estão na nova edição do Panorama de Ameaças da Kaspersky, divulgado nesta terça-feira (5).

Segundo o estudo, mais de 1,6 milhão de ciberataques foram bloqueados no território nacional entre julho de 2023 e julho de 2024, o equivalente a 4.616 tentativas por dia ou 3,2 ataques a cada minuto. O Brasil também é a origem de 13 das 18 famílias de trojans mais comuns nesta parte do continente.

Representando uma parcela significativa das campanhas maliciosas, o Trojan-Banker.Win32.Banbra é o líder do ranking, com 13,71% das infecções. Os integrantes da família são projetados para interceptar transações financeiras e transferir o dinheiro para contas controladas pelos cibercriminosos, usando técnicas de keylogging para coletar senhas e números de cartões digitados.

Já na América Latina, a ameaça prevalente é o Grandoreiro, com 16,83% dos registros detectados pela empresa de cibersegurança. Mesmo com as prisões de pessoas ligadas à operação do malware em março, as atividades continuam e foram descobertas novas variantes do trojan.

Como se proteger?

Projetados para o roubo de informações financeiras, os trojans bancários chegam aos dispositivos das vítimas de diferentes maneiras. Agindo de forma sorrateira, esses agentes maliciosos monitoram as atividades no celular para coletar dados de login, senhas de contas bancárias e números de cartões.

Desconfiar de links e anexos em e-mails e mensagens, evitando clicar neles, é uma das medidas recomendadas. Também vale criar senhas fortes e únicas para cada conta e cartão, manter o dispositivo atualizado e usar ferramentas de segurança para se proteger.

“Usuários e instituições financeiras precisam estar vigilantes e adotar as melhores práticas de segurança para se protegerem dessas ameaças, especialmente quando falamos de famílias como Banbra e Grandoreiro”, destacou o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, Fabio Assolini.

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