Donald Trump quer que a Apple libere o acesso aos iPhones bloqueados das duas pessoas que foram presas após supostamente planejarem assassiná-lo, nos últimos meses. Durante discurso de campanha na quarta-feira (25), o candidato à presidência dos Estados Unidos pediu ao FBI para pressionar a big tech.
“Eles (FBI) devem fazer com que a Apple abra os aplicativos estrangeiros e também devem fazer com que a Apple desbloqueie os seis telefones do segundo lunático”, comentou o republicano. A fala aconteceu em um comício na Carolina do Norte, de acordo com a Bloomberg.
Conforme a publicação, o ex-presidente se refere, em um dos comentários, aos “apps potencialmente estrangeiros” encontrados no smartphone de Thomas Matthew Crooks, que atirou contra ele na Pensilvânia, em julho. Após os disparos, Crooks foi morto por agentes do Serviço Secreto dos EUA.
Já o outro é Ryan Wesley Routh, responsável por uma tentativa de ataque contra Trump na Flórida, no último dia 15, enquanto o empresário estava em um clube de golfe. O homem de 58 anos foi preso e possui seis celulares que as autoridades não conseguiram desbloquear, como destacou a reportagem.
A Apple vai colaborar?
Historicamente, a Apple tem o costume de não colaborar em casos como esses. A gigante de Cupertino alega que não há como desenvolver ferramentas para acessar iPhones bloqueados e dados criptografados sem que a privacidade de toda a sua base de clientes seja comprometida.
Anteriormente, o FBI relatou ter conseguido desbloquear o celular de Crooks, mas aparentemente os conteúdos de alguns apps criptografados continuam inacessíveis, pelas declarações de Trump. O Departamento Federal de Investigação dos EUA não chegou a confirmar se o aparelho é realmente um iPhone.
Quanto aos smartphones de Routh, não se sabe se as dificuldades também são relacionadas a apps de mensagens criptografados, embora alguns relatórios sugiram que seja este o problema.
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