Uma nova onda de explosões no Líbano deixou 20 mortos e mais de 450 pessoas feridas, de acordo com informações do governo local. O ataque aconteceu na quarta-feira (18) e envolveu walkie-talkies que eram usados para comunicação entre membros do grupo Hezbollah.
O ataque coordenado é o segundo na região e envolvendo membros do grupo radical: no dia anterior, uma misteriosa explosão simultânea de pagers também usados pelos integrantes do Hezbollah foi registrada e também deixou mortos no país — incluindo civis que estavam nas proximidades.
Segundo o The New York Times, os dispositivos de rádio são maiores e mais pesados que os pagers — o que significou também explosões mais intensas, que provocaram até incêndios em alguns locais e deixaram mais vítimas. Um dos incidentes ocorreu em uma loja de baterias de lítio, o que poderia ter gerado um caos ainda maior na região.
Ataque seria sequência da explosão de pagers
Testemunhas relatam que o estrondo foi imediato, sem sinais de que os dispositivos estavam apresentando mal funcionamento. O caso parece uma sequência da explosão de pagers relatada na terça-feira (17) e há alguns elementos em comum já identificados.
A acusação do Líbano é de que o governo de Israel foi o responsável pela ofensiva, mas até agora ninguém assumiu a autoria do ataque. A suspeita é de que detonadores foram implantados nos dispositivos, em uma possível sabotagem feita na linha de produção ou antes da distribuição dos aparelhos.
De acordo com a Reuters, os rádios de comunicação em duas vidas foram adquiridos pelo Hezbollah há cerca de cinco meses, mais ou menos no período em que os pagers supostamente sabotados também foram comprados. O grupo usa esse tipo de dispositivo para evitar rastreamento e ataques hackers de adversários políticos.
Os walkie-talkies são de origem japonesa e causaram grandes explosões na região.Fonte: AP News
Os modelos seriam da marca japonesa ICOM, uma origem diferente dos pagers de origem taiwanesa. A fabricante alega que vende eletrônicos apenas por representantes autorizados, mas chegou a identificar a comercialização de falsificações.
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