Uma advogada de São Paulo (SP) perdeu R$ 35 mil após ser enganada por um golpista que fingia ser Elon Musk nas redes sociais para divulgar falsos investimentos em criptomoedas. O caso, revelado na quarta-feira (4) pelo colunista do UOL, Rogério Gentille, aconteceu no primeiro semestre deste ano.
A mulher, que não teve o nome divulgado, disse que foi procurada pelo falso Musk com a promessa de receber lucros consideráveis se investisse em uma aplicação em bitcoin. Além do X, o autor da fraude utilizava o Telegram para conversar com ela, sempre enviando mensagens em inglês.
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A vítima acreditou que teria lucro alto se investisse na suposta aplicação em bitcoin.Fonte: Getty Images/Reprodução
Sem desconfiar que estava mantendo contato com um golpista, a vítima acreditou na promessa de ganhos e passou a enviar as quantias solicitadas para o suposto investimento. As transferências ocorreram entre os dias 22 de maio e 10 de junho e só não continuaram porque a conta fraudulenta foi bloqueada no antigo Twitter.
O falso Elon Musk insistiu para a advogada enviar mais recursos, já que ambos ainda conversavam pelo Telegram, momento em que ela solicitou uma chamada de vídeo com o objetivo de descobrir se estava mesmo conversando com o bilionário. Com a negativa, as transferências não aconteceram mais.
Uso de IA no golpe
Tentando recuperar o dinheiro perdido para o golpista que fingia ser o dono do X, a advogada ingressou com ação judicial solicitando à rede social que informe os dados necessários para a identificação do estelionatário. O mesmo pedido foi enviado ao Telegram.
No processo, é dito que o responsável pelo golpe usava recursos de inteligência artificial para enganar a vítima, com o compartilhamento de supostas fotos e vídeos do empresário em tempo real. O documento também indica que os perfis usados por ele eram @EMusk97623 no X e @elon_musk6748 no app de mensagens.
A juíza do caso determinou multa de R$ 500 por dia em que as plataformas se negarem a fornecer as informações do golpista, em decisão publicada no dia 9 de agosto. Vale lembrar que o antigo Twitter não tem cumprido ordens judiciais no Brasil, levando à sua suspensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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