A disputa entre o bilionário Elon Musk e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou um novo capitulo. O empresário divulgou e criticou uma nova decisão tomada pelo Judiciário contra a rede social X, o antigo Twitter.
De acordo com o documento, que deveria ser sigiloso, Moraes determinou ao administrador do X no Brasil o bloqueio de uma série de contas no país, assim como a suspensão da monetização dos perfis. Os sete usuários são investigados pelo STF e ligados ao bolsonarismo — incluindo influenciadores, um pastor e o senador Marcos do Val (Podemos), eleito pelo Espírito Santo.
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This platform is being asked to censor content in Brazil where the censorship demands require us to violate Brazilian law! That is not right. https://t.co/ovsIA1QBNg
— Elon Musk (@elonmusk) August 14, 2024
"Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós", diz o perfil oficial de assuntos globais da plataforma, que divulgou o ofício.
Fora a suspensão, Moraes solicita a derrubada do sigilo de dados sobre as pessoas que acessaram uma determinada conta que estaria conectada a um usuário também já banido da plataforma. Caso o X não cumpra as solicitações, enviadas à empresa em 8 de agosto, o STF determina uma multa diária de R$ 50 mil.
Alexandre de Moraes (Getty)
"Esta plataforma está sendo solicitada a censurar conteúdo no Brasil onde as exigências de censura exigem que violemos a lei brasileira! Isso não está certo", disse Musk. O bilionário, porém, não explicou se vai ou não cumprir a determinação judicial.
A disputa entre Musk e Moraes
Esse já é o segundo capítulo de uma briga intensa entre o empresário e a Justiça brasileira — mais especificamente contra Moraes, que Musk acusa de ser um ditador e censurar conteúdos nas redes.
Em abril deste ano, o dono do X divulgou arquivos do chamado Twitter Files que mostrariam supostas intervenções do STF na forma de determinações de Moraes contra contas investigadas no Brasil. Os envolvidos faziam parte de inquéritos como o das fake news e do atos antidemocráticos.
Ministros do STF defenderam as ações contra a rede social e Moraes chegou até a sugerir que Musk seria investigado pela atuação contra a instituição.
Cada vez mais ligado a políticos conservadores e contra o que chama de "agenda woke", Musk pediu até a deposição de Moraes e sugeriu que iria fechar o escritório do X no país, o que não aconteceu. Além disso, mais tarde ele confirmou que colaboraria com as decisões da Justiça.
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