Responsáveis pela campanha de Donald Trump à presidência do Estados Unidos confirmaram que foram vítimas de um ciberataque no último sábado (10). Como resultado da invasão, arquivos e mensagens internas teriam sido interceptadas e divulgadas sem autorização.
Segundo o site Politico, que chegou a receber o material de um usuário anônimo, os documentos incluem um dossiê feito sobre o candidato à vice-presidência pelo partido Republicano, JD Vance, incluindo uma lista de qualidades e defeitos. A fonte alega ainda ter "uma variedade de documentos internos jurídicos e de discussão de campanha" envolvendo Trump.
Um porta-voz do partido confirmou que documentos foram "obtidos ilegalmente", sem detalhar o que exatamente foi roubado. Ao que tudo indica, um funcionário ligado a Trump foi alvo de uma campanha de phishing, clicando em um link ou anexo malicioso e garantindo acesso aos dados.
Microsoft denunciou interferências na campanha
Ainda de acordo com a campanha de Trump, o responsável pelo ataque foi o governo do Irã a partir de invasores contratados. O comunicado denuncia que "forças hostis aos Estados Unidos" teriam a intenção de interferir nas eleições norte-americanas e "espalhar o caos pelo processo democrático".
A nota ainda diz que o Irã teme que Trump vai "acabar com o reino de terror" imposto pelo país. A invasão aparentemente aconteceu em julho, mas só agora foi confirmada pela equipe.
JD Vance, candidato à vice-presidente dos EUA.Fonte: GettyImages
Como comprovação, ela ainda cita um relatório produzido pela Microsoft que sugere ciberataques encomendados pelo governo iraniano envolvendo o pleito — incluindo um email infectado contra um membro sênior de uma campanha não nomeada.
Em defesa, o governo iraniano negou qualquer tipo de participação no ataque. Além disso, a campanha de Trump ainda não apresentou evidências à imprensa ou para a Microsoft sobre as suspeitas da autoria do ataque.
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