Golpes utilizando o Pix como meio de pagamento geraram um prejuízo de R$ 1,5 bilhão às vítimas ao longo de 2023, segundo levantamento divulgado pela ACI Worldwide na terça-feira (6). Criminosos têm investido em engenharia social e até utilizado inteligência artificial para aprimorar suas práticas.
O uso de sites e mensagens falsas é uma das principais iscas, como destaca a empresa especializada em sistemas de pagamento em tempo real. Um exemplo recente deste método é o envio de mensagens solicitando o pagamento da taxa de importação para liberar produtos vindos da China, que estariam presos nos Correios.
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O Pix é um dos meios de pagamento mais usados pelos brasileiros, atualmente.Fonte: Getty Images/Reprodução
A solicitação de devolução de Pix supostamente enviado errado é outro tipo de golpe em crescimento. Neste caso, o golpista pede ao destinatário que devolva a quantia e, ao mesmo tempo, solicita o reembolso pelo banco. No fim, a vítima acaba perdendo o equivalente ao valor recebido inicialmente.
Pedidos de transferências para compras, ofertas de falsos investimentos, solicitações para quitar dívidas, pedidos feitos em relacionamentos amorosos online e doações para causas são algumas das outras fraudes apontadas no relatório. Também são mencionados os golpes de falsos leilões e envolvendo clonagem de WhatsApp.
Prejuízo pode dobrar até 2027
A pesquisa aponta, ainda, que 60% dos golpes com Pix em 2023 foram de valores inferiores a R$ 7 mil, dos quais 48% envolveram pagamentos abaixo de R$ 1,4 mil. Essas faixas de valor são as preferidas dos golpistas, que tentam ocultar a atividade em meio ao volume e à velocidade das operações.
Embora o sistema financeiro venha investindo em campanhas e novas tecnologias para a prevenção de fraudes, a ACI Worldwide aponta uma tendência de alta para os próximos anos. A estimativa é que os prejuízos cheguem a mais de R$ 3 bilhões até 2027.
Para evitar perdas em golpes do Pix, é importante não expor dados nas redes sociais, nunca informar senhas em supostas ligações de bancos, não fazer pagamentos após mensagens enviadas por estranhos e verificar taxas de importação apenas no site dos Correios. Caso receba um Pix desconhecido, peça ao remetente que solicite o reembolso ao banco dele.
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