Na quinta-feira (01), um vazamento de dados atingiu o Exército Nacional da Venezuela expondo os registros de um milhão de autoridades locais. Hoje (02), o vazamento continuou: uma nova publicação também traz dados sensíveis da Força Aérea Venezuelana, do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional e da Direção Geral de Contrainteligência Militar.
Publicado no fórum cibercriminoso XSS por um usuário chamado “SKY”, o vazamento é distribuído gratuitamente em quatro links diferentes, cada um envolvendo uma instituição específica da Venezuela. Até o momento, não há reivindicação de um grupo em específico para o ataque — rumores circulam sobre uma possível ação da célula CyberHunters, do grupo hackativista Anonymous, a confirmar.
O TecMundo teve acesso aos documentos divulgados. Entre eles, é possível acompanhar diversos tipos de informações que envolvem desde dados pessoais de funcionários governamentais, como nomes e endereços, até registros de trabalhos realizados, sanções etc.
Parte do leak
O segundo vazamento acontece poucos dias após o presidente venezuelano Nicolás Maduro ser declarado vencedor das eleições presidenciais do país no domingo (28). O pleito, envolto em polêmicas, teve o seguinte resultado de acordo com o CNE local (Conselho Nacional Eleitoral): Nicolás Maduro obteve 51,2% dos votos válidos, contra 44,2% do opositor Edmundo González. Agora, Maduro caminha para um terceiro mandato de seis anos.
Não há informações sobre o responsável pela publicação dos dados, apenas a identificação de que seria “um jovem latinoamericano”. Nela, seguindo o modus operandi de uma ação hackativista, foi deixada uma mensagem:
“A Venezuela precisa de ajuda: pessoas e crianças estão sendo mortas em protestos neste ano de 2024. Mas as mortes nos protestos contra Nicolás Maduro na Venezuela já acontecem há muito tempo. Em 2015, uma criança chamada Kluiver Roa, de 14 anos, era estudante e participava de um protesto contra Nicolás Maduro e foi morta pela polícia (...) Em memória de Kluiver Roa e de todas as outras pessoas que foram mortas pelo governo na busca pela liberdade do seu povo, elas nunca serão esquecidas”.
Publicação no XSS
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