Troca de prisioneiros entre EUA e Rússia inclui a liberação de dois hackers

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Estados Unidos e Rússia realizaram na quinta-feira (1º) uma das maiores trocas de prisioneiros dos últimos anos, após longas negociações. Em meio às pessoas enviadas de volta ao território russo, a presença de dois cibercriminosos condenados por crimes financeiros chamou a atenção.

Um deles é Vladislav Klyushin, preso em 2021 na Suíça. De acordo com o governo americano, ele teria ganhado dezenas de milhões de dólares com a compra e a venda de ações usando informações privilegiadas obtidas a partir de ataques cibernéticos.

Vladislav Klyushin enriqueceu ao usar informações privilegiadas para comprar e vender ações.Vladislav Klyushin enriqueceu ao usar informações privilegiadas para comprar e vender ações.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Elas eram roubadas da Donnelley Financial e da Toppan Merrill, que atuam como agentes de arquivamento de relatórios de lucros de grandes empresas. Klyushin e sua equipe acessavam os dados antes do envio à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), aproveitando as informações para obter um retorno milionário.

O hacker russo só foi preso porque decidiu gastar a fortuna fora do país natal e em um local no qual a sua extradição era possível. Ele foi condenado a nove anos de prisão e a pena incluía o confisco de US$ 34 milhões de suas contas.

Clonagem de cartões

O outro cibercriminoso russo envolvido na troca de prisioneiros entre EUA e Rússia é Roman Seleznev, que também acumulou uma fortuna com práticas ilícitas. Suas ações envolviam o roubo de números de cartões de crédito, que eram revendidos pela internet entre os anos de 2009 e 2013.

Para a clonagem dos cartões, o especialista hackeava computadores em pontos de venda, geralmente de empresas menores, e desviava os dados durante o registro das transações. O crime rendeu a ele dezenas de milhões de dólares, conforme a acusação, e um prejuízo de US$ 169 milhões às vítimas.

Roman Seleznev é especialista em clonar cartões.Roman Seleznev é especialista em clonar cartões.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Assim como o compatriota, Seleznev acabou preso enquanto gastava seu dinheiro fora da Rússia. Ele foi detido nas Maldivas em 2014 e extraditado para os EUA, com a análise do seu notebook revelando 1,7 milhão de números de cartões roubados armazenados no HD.

Filho de um aliado político do presidente da Rússia, Vladimir Putin, Seleznev recebeu várias sentenças da justiça americana, a maior delas condenando-o a 27 anos de prisão.

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