Durante a quinta-feira (18) e a manhã desta sexta (19), uma grave instabilidade nos serviços da empresa de segurança CrowdStrike gerou impactos no mundo inteiro. Em especial, o apagão cibernético impactou os produtos da Microsoft, utilizados no mundo inteiro.
De acordo com o CEO da empresa, George Kurtz, o problema, que não foi um incidente de segurança, mas sim um “defeito encontrado em uma atualização de conteúdo para hosts Windows”. Desta forma, Mac e Linux não foram afetados.
Mesmo assim, devido à prevalência do Windows no planeta, incontáveis empresas foram afetadas e enfrentaram dificuldades.
No Brasil, os primeiros a sentirem o impacto foram os clientes de bancos digitais. Usuários relataram dificuldades em utilizar os serviços de Bradesco, Nubank, Neon e Next.
Usuários da CrowdStrike viram a famosa "Tela Azul da Morte" durante a noite de quinta e a manhã de sexta
Em nota, o Nubank disse que a maioria de suas atividades não foram afetadas. "O Nubank informa que seus serviços seguem operando normalmente. O único impacto identificado até o momento está na operação dos canais de atendimento ao cliente, levando a um tempo maior do que o habitual nas interações."
Já o Bradesco afirmou que suas equipes estão atuando para regularizar o sistema o mais breve possível e que os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente.
Os aeroportos brasileiros também foram impactados. O TecMundo confirmou que o sistema da Azul teve problemas, e a empresa precisou preencher os cartões de embarque manualmente, com papel e caneta.
Falha da CrowdStrike fez Azul emitir cartões de embarque manualmente (Mateus Mognon/TecMundo)
Segundo Mateus Mognon, editor do site Voxel, funcionários da Azul diziam aos clientes que a empresa estava "sem sistema". Por conta das dificuldades, os voo também atrasaram; o piloto informou aos passageiros que a falha técnica dificultou a emissão de documentos de voo.
O impacto da CrowdStrike pelo mundo
Entre as empresas afetadas estão as de aviação. Pelo mundo, Ryanair, Delta, United, American Airlines confirmaram dificuldades com suas operações em decorrência da pane no CrowdStrike. Também confirmaram impactos British Airways, Virgin Australia e Jetstar.
Aeroportos pelo mundo também foram afetados. Longas filas foram registradas em Berlim, Londres, Tóquio e Délhi.
Não foi só no Brasil que o setor financeiro foi abatido pela falha da CrowdStrike. Instituições pelo mundo inteiro foram afetadas, incluindo Europa, África, Ásia e Oceania, gerando dificuldades para completar pagamentos e realizar movimentações bancárias.
Na parte logística, o maior terminal de contêineres da Polônia, na cidade de Gdansk, teve suas operações afetadas. Os responsáveis chegaram a solicitar que as empresas não enviassem seus contêineres para o porto.
No estado americano do Alaska, os serviços de emergência deixaram de funcionar, então cidadãos não conseguiam completar chamadas para o 911. O número é utilizado para emergências médicas, policiais e para incêndios.
No Reino Unido, a Sky News, uma das maiores redes de televisão do país ficou incapaz de transmitir o seu sinal por horas.
Serviços de saúde também foram diretamente afetados. Em Israel, 15 hospitais voltaram a recorrer a processos manuais, mas não deixaram de atender os pacientes. Na Inglaterra,
*Esta matéria está em atualização