Agentes do FBI estão tentando acessar os arquivos do celular do homem que atirou contra Donald Trump durante o comício na Pensilvânia (Estados Unidos), no sábado (13), em busca de informações sobre as motivações do atentado. O caso vem sendo investigado como tentativa de assassinato e possível terrorismo doméstico.
Conforme revelou o The New York Times no domingo (14), o Departamento Federal de Investigação dos EUA tenta invadir o smartphone desde que obteve acesso ao aparelho. O procedimento começou logo após a morte de Thomas Matthew Crooks, identificado como o responsável pelos tiros, ter sido morto. No entanto, a agência federal ainda não hackeou o dispositivo.
Donald Trump é protegido por seguranças após o atentado.Fonte: Getty Images/Reprodução
Os oficiais teriam conseguido visualizar apenas algumas mensagens de texto no telefone de Crooks, até o momento, que não traziam muitas informações que pudessem ajudar na investigação do ataque a Trump, de acordo com a publicação. A marca do aparelho não foi informada.
Diante da dificuldade de invadir o celular do atirador, o dispositivo foi enviado para o laboratório do FBI na cidade de Quantico, no estado da Virgínia. Com o auxílio de especialistas, a corporação deve usar técnicas de quebra de senhas para desbloquear o smartphone e acessar os dados.
Fabricantes podem dificultar o trabalho
Em geral, as autoridades conseguem invadir celulares de suspeitos de crimes durante as investigações. O desbloqueio pode vir por meio de tecnologias de terceiros para hackear smartphones ou via mandado judicial, acessando backups de arquivos na nuvem.
Mas em algumas ocasiões, as fabricantes podem dificultar esse trabalho de desbloqueio de celular. Em 2015, a Apple se negou a colaborar com o FBI em meio às tentativas de acessar os dados do iPhone de um dos suspeitos do atentado de San Bernardino, quando 14 pessoas foram mortas.
Na ocasião, a gigante de Cupertino alegou que a quebra da criptografia do smartphone colocaria em risco a segurança de todos os iPhones. Mesmo sem a ajuda da big tech, os investigadores conseguiram acessar as informações, usando a tecnologia de uma empresa australiana.
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