O pastor Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “faraó dos bitcoins” não fez vítimas apenas entre os fiéis da sua igreja, mas também extorquiu alguns de seus colegas, inclusive o líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, pastor Edir Macedo. Glaidson está preso atualmente.
Uma lista do Ministério Público Federal com os nomes de 160 pessoas, obtida pela coluna "Splash", do portal Uol, mostra que entre os lesados há vários fiéis da Universal e funcionários da RecordTV, cujos parentes também tiveram perdas financeiras. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, todas as 160 pessoas da lista – cujo prejuízo chegou a R$ 8,71 milhões – foram cooptadas por outro pastor, Fabiano Freitas, ex-presidente da RecordTV Rio.
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Fonte: Glaidson Acácio dos Santos/Reprodução.Fonte: Glaidson Acácio dos Santos
Como os fiéis da Universal foram atraídos para o esquema de pirâmide?
O esquema de pirâmide financeira, um modelo de negócio no qual os membros obtêm grandes vantagens financeiras e recrutam novos participantes que vão constituindo novos “degraus”, conseguiu seduzir os pastores, bispos e familiares da Record e da Universal com uma promessa de rendimentos de 10% ao mês sobre seus investimentos, algo que nenhuma instituição financeira paga nem mesmo em um ano.
De acordo com a coluna, o esquema de Glaidson movimentou pelo menos R$ 38 milhões e deu fim a economias de uma vida de várias pessoas, como um ex-jogador de futebol aposentado do XV de Piracicaba, que perdeu sozinho R$ 1,1 milhão, ou o diretor de dramaturgia da Record, Anderson Souza, que sofreu um prejuízo de R$ 100 mil.
Mesmo preso e acusado de formação de quadrilha, organização criminosa e tentativa de homicídio, o faraó dos bitcoins concorreu ao cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro. Com os mais de 37 mil votos obtidos, só não foi eleito porque sua candidatura foi impugnada pelo TSE.
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