De acordo com informações divulgadas em um comunicado do governo dos Estados Unidos, um hacker britânico foi acusado de realizar fraude e conspiração para lavagem de dinheiro. Segundo as acusações, o rapaz vendia informações roubadas de logins de usuários, drogas e outros produtos ilícitos na dark web.
O criminoso, Daniel Kaye, estava operando um mercado ilegal na dark web, conhecido como The Real Deal. No site, ele vendia diferentes tipos de informações de login usadas para entrar em redes sociais e bancos, além de itens ilegais, como ferramentas hackers ilícitas e drogas.
“Este caso é um exemplo de nossa determinação persistente de trabalhar com nossos parceiros internacionais para responsabilizar os criminosos, não importa o quão sofisticado seja sua fraude cibernética ou sua localização geográfica”, disse o agente especial responsável pelo FBI de Atlanta, Keri Farley.
Mais um criminoso é preso por uma operação ilegal na dark web.Fonte: Shutterstock
Mercado ilegal e Dark Web
O The Real Deal funcionava como um tipo de 'Mercado Livre ilegal', em que vendedores terceirizados podiam criar suas próprias lojas para vender seus produtos — inclusive, os usuários podiam deixar avaliações sobre o vendedor. Segundo informações do Motherboard, após criar o site e manter as operações durante um ano, o criminoso desapareceu em 2016, quando os outros administradores do site foram presos.
Há cerca de sete anos, Kaye também foi responsável por desligar a internet da Libéria durante alguns dias e, em 2019, ele se declarou culpado pelo caso em um tribunal de Londres. Na época, o hacker lançou uma série de ataques cibernéticos contra uma das empresas de telecomunicações do país africano.
Em 2013, uma situação semelhante acontece: o FBI fechou o site Silk Road e prendeu Ross William Ulbritch, conhecido como "Dread Pirate Roberts", o fundador do site. O Silk Road era um mercado de produtos ilícitos, principalmente drogas, que operava na dark web — Ross foi condenado à prisão perpétua, sem liberdade condicional.
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