Após sofrer um ataque cibernético no sábado (8) que ainda gera consequências em sua programação, a Record TV está trabalhando com a polícia e especialistas de segurança para resolver o caso de invasão hacker. A informação foi obtida pelo jornalista Ricardo Feltrin — até o momento, a emissora não comentou oficialmente sobre a situação.
De acordo com as fontes, a empresa ainda não sabe a origem do ataque cibernético, que se trata de um ransomware, e existem até mesmo suspeitas de ação interna. Enquanto os dados foram bloqueados pelos cibercriminosos, que supostamente estão usando o vírus BlackCat, as informações não trazem detalhes a respeito de um pedido de resgate.
O ransomware é um tipo de software malicioso usado para bloquear arquivos e pedir um resgate em dinheiro, normalmente usando criptomoedas para o pagamento. O BlackCat, utilizado para invadir a Record, é conhecido como ransomware as a service (RaaS), ou seja, teria sido comprado por um ou mais cibercriminosos para a realização do ataque contra a empresa.
Dados e e-mails invadidos
Além de terem bloqueado parte do acervo de programação da emissora, os hackers responsáveis pelo ataque também roubaram algumas informações internas da Record. O ataque de ransomware supostamente recolheu informações de funcionários e também informações financeiras da emissora, como relatórios e declarações bancárias.
Informações divulgadas nesta segunda-feira (10) por funcionários não identificados também apontam que a intranet e os e-mails da Record foram interceptados pelos hackers. Enquanto o acesso aos endereços eletrônicos estaria instável, os cibercriminosos também teriam obtido informações confidenciais em mensagens trocadas por colaboradores.
Até o momento, a Record não forneceu uma posição oficial sobre o assunto. Mesmo com os problemas, a programação da emissora segue no ar.
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