A Meta informou hoje (27) que detectou e removeu, de suas plataformas, duas sofisticadas redes de disseminação de notícias falsas cujo objetivo era influenciar narrativas políticas nos Estados Unidos e na Europa. Os dois grupos, que não possuíam conexão, eram baseados na Rússia e na China.
Segundo a dona do Facebook, a maior rede estava sediada no território russo e contava com uma “combinação incomum de sofisticação e força bruta”. Ela era formada por cerca de 60 sites falsos, imitando páginas verdadeiras de veículos como The Guardian, Bild e Der Spiegel, entre outros, e incluía diversos perfis fraudulentos nas redes sociais.
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Esse grupo promovia artigos e notícias falsas supostamente produzidas pelos jornais, revistas e sites imitados, trazendo, principalmente, críticas contra a Ucrânia, os refugiados ucranianos e as sanções impostas à Rússia. Memes e vídeos do YouTube também eram compartilhados, utilizando ainda o WhatsApp, Telegram, Twitter e outras plataformas.
Os conteúdos falsos promovidos defendiam a atuação da Rússia na guerra contra a Ucrânia.Fonte: Shutterstock
O conteúdo falso era produzido em idiomas como francês, alemão, espanhol, inglês, russo e ucraniano, entre outros, tendo como alvos os países europeus. A Meta disse ainda que a campanha pró-Rússia gastou mais de US$ 100 mil em anúncios no Facebook e no Instagram, para alcançar o maior número possível de pessoas.
EUA como alvo principal
Já a rede de influência baseada na China objetivava atingir os Estados Unidos, principalmente. Bem menor que o grupo russo, ela utilizava contas falsas no Facebook e no Instagram para promover fake news relacionadas à política doméstica norte-americana, que foram detectadas e removidas após violar os Padrões da Comunidade.
A campanha chinesa também foi direcionada, em menor escala, a alvos na República Tcheca. Neste caso, os integrantes promoviam críticas ao apoio do governo local à Ucrânia na guerra contra a Rússia, mencionando os impactos desse suporte na economia tcheca.