Os dados registrados pela pulseira inteligente de uma mulher que usava o dispositivo quando foi assassinada, em 2015, ajudaram na resolução do caso que terminou com a condenação do marido dela, conforme decisão da justiça anunciada na quinta-feira (18), nos Estados Unidos. A vítima, Connie Dabate, tinha 39 anos quando faleceu.
Na versão contada às autoridades, o marido dela, Richard Dabate, disse que um homem armado invadiu a residência do casal, em dezembro daquele ano, atirou em sua esposa e o amarrou. Quando a polícia chegou ao imóvel, ele estava preso a uma cadeira e com ferimentos superficiais de faca.
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Porém, a investigação confrontou as informações fornecidas por Richard com os dados rastreados pela pulseira Fitbit usada por Connie no momento do crime. As informações armazenadas no wearable indicaram que a mulher estava se movendo cerca de uma hora depois do momento apontado pelo marido como a hora do tiro dado pelo suposto ladrão.
A pulseira fitness pode registrar passos, batimentos cardíacos, distância percorrida e muito mais dados.Fonte: Pixabay
Além dos dados da smartband, a investigação não encontrou sinais de luta na casa, reforçando a tese de que o marido havia mentido. Outro fato que pesou contra ele foi a descoberta de um relacionamento extraconjugal mantido por Richard com uma mulher que estava grávida dele, na época.
65 anos de prisão
Segundo o promotor Matthew Gedansky, as investigações sugerem que o caso fora do casamento mantido por Richard estava prestes a ser descoberto, motivando-o a cometer o crime. Para tanto, ele elaborou um plano para matar Connie que incluía a simulação de invasão do imóvel, mas se esqueceu do rastreador fitness usado por ela.
Depois de um julgamento de cinco semanas e que ouviu cerca de 100 testemunhas, a justiça decidiu condenar o homem a 65 anos de prisão pelo assassinato da esposa, pena que foi comemorada pela família de Connie. Já a defesa de Richard pretende recorrer da sentença.
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