Tomando novas medidas para evitar a raspagem de dados no Facebook e no Instagram, a Meta iniciou dois processos judiciais nos Estados Unidos contra usuários da técnica, nessa terça-feira (5). O método possibilita a coleta de informações pessoais para diferentes finalidades.
A primeira ação é contra a Octopus, subsidiária americana de um grupo de tecnologia sediado na China, que vende serviços de web scraping, como a técnica também é conhecida, para empresas e indivíduos. Ela fornece um software capaz de extrair todos os dados acessíveis de contas nas redes sociais.
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Número de telefone, data de nascimento, sexo e endereço de e-mail são algumas das informações que o serviço coleta, de forma automática. Dados de amigos no Facebook e seguidores no Instagram, bem como detalhes relacionados ao engajamento nas plataformas (URL do perfil, localização, número de curtidas e comentários) também são extraídos.
O software da Octopus pode raspar dados de várias plataformas, inclusive de e-commerce.Fonte: Unsplash
Segundo a Meta, a raspagem de dados não autorizada e automatizada, que a companhia processada tenta evitar a detecção, viola os termos de uso do Facebook e do Instagram, além de ferir a Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA). O serviço oferecido pela Octopus permite ainda coletar informações do Twitter, LinkedIn, sites de compras etc.
Sites clones
O outro processo aberto pela Meta na justiça americana é contra o operador da página MyStalk, Ekrem Ates. Conforme a gigante das redes sociais, o indivíduo usou contas automatizadas para raspar dados de 350 mil perfis do Instagram e publicá-los em sites clones, nos quais as informações, fotos, stories e postagens privadas podem ser visualizadas abertamente.
Nas ações, a companhia pede que a Octopus seja proibida de usar o software comercializado e solicita uma compensação por danos morais. Quanto a Ates, já processado em outras ocasiões, a big tech informou que tenta novamente revogar seu acesso às redes sociais.
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