De acordo com informações do The Wall Street Journal, o aplicativo de paqueras Grindr coletou dados de localização dos seus usuários e os colocou à venda por meio da empresa parceira UberMedia (UM). O pior dessa história é que a companhia está supostamente realizando a ação pelo menos desde 2017.
Segundo informações reveladas por um ex-funcionário da empresa, o Grindr não acreditava que compartilhar dados de localização dos usuários poderia representar um problema. Na realidade, os executivos acreditavam que criar anúncios com base na localização estavam transformando o setor de publicidade.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
No último ano, uma entidade católica afirma ter comprado os dados para rastrear o uso e expulsar um colaborador da igreja. Outra possibilidade é que governos anti-LGBTQ+ usem os dados para localizar e prender os usuários do aplicativo.
O Grindr usa dados coletados da rede de anúncios online MoPubFonte: Grindr
Resposta do Grindr
"O Grindr não compartilha a localização exata dos usuários, não compartilhamos informações de perfil do usuário e nem mesmo dados padrão do setor, como idade ou sexo", foi revelado pela empresa em comunicado oficial.
Em resposta ao The Wall Street Journal, a companhia revelou compartilhar menos dados que a maior parte dos aplicativos de namoro e outras grandes empresas de tecnologia. Já em resposta ao site Engadget, o Grindr declarou que melhorou as políticas de privacidade desde 2020, quando as políticas foram atualizadas.
“Os usuários do Grindr valorizam a privacidade e colocamos a privacidade de nossos usuários em primeiro lugar, mesmo quando isso significa menor receita. As atividades descritas não seriam possíveis com as atuais práticas de privacidade do Grindr, que temos há dois anos”, disse o Grindr ao Engadget.
Categorias